29.6.07

Duro de Morrer



Já vai longe o dia em que estreou o filme Die Hard e eu fui vê-lo com os meus amigos ao Cinema de Carcavelos (Atlântida Cine). Nessa altura Bruce Willis deslumbrava como David Addison na série Moonlighting (Modelo e Detective), pelo humor, diálogo rápido e brilhante interacção com Cybil Sheppard, e eu não sabia ao certo ao que ia quando entrei para a sala escura. Saí de lá excitado com as hormonas aos saltos como seria de esperar de um adolescente depois de ver aquele primeiro filme do personagem John McLane. Willis tinha humor e mostrava uma capacidade para ser o "herói", o lutador, o "um contra todos" capaz de derrotar o mais elaborado plano.
Quando fizeram a sequela, a expectativa era enorme. A desilusão ainda foi maior, pois o segundo filme é miserável, incongruente, e vive na tentativa de repetir algo de irrepetível, aumentando as explosões e introduzindo piadas forçadas e pouco conseguidas numa sequência de acção cheia de contrasensos e esteriótipos. O número de tiros aumenta mas a acção e a incerteza diminuem. É o pior dos filmes Die Hard.
Para a terceira peça os criativos juntaram ao "herói" o cliché de um companheiro negro, repetindo uma fórmula também ela esteriotipada cuja mais recente comparação encostava sempre ao então em alta "Arma Mortífera". Valeu contudo o casting de Samuel L. "motherfucker" Jackson cuja capacidade de emparelhar com Willis salvou a performance do filme. Contudo, ainda estava a milhas do Arranha-Céus.
Quando ontem entrei no cinema, e depois de ter visto algumas vezes o trailer do filme e antecipar críticas reservadas, não tinha muitas expectativas. Imaginava-o com muitos efeitos especiais, muito digital, muito musculado, com combates a torto e a direito, e Willis em piloto automático.
Felizmente, à saída a minha satisfação era bem superior ao esperado. É verdade que o filme vive de alguns efeitos especiais, que John McLane roça o "super-homem" nalguns pontos da história e que é possível reportar muitas das cenas a outros filmes de acção já filmados no passado. Mas John McLane envelheceu bem e este Die Hard 4.0 está acima das versões 2 e 3.
Os combates não se eternizam e resolvem-se depressa. As explosões e os tiros são mais comedidos. Willis não é um palhaço a debitar piadas mas revela o sempre sarcástico humor corrosivo do personagem. O plano "diabólico", sempre cruel e muito elaborado está bem esgalhado. O final é bastante imaginativo. Ainda assim, para mim, não há Die Hard como o primeiro.
No fundo, este é um bom filme de acção para se ver e esquecer o mundo durante duas horas, para vibrar com a acção e sorrir com as piadas. Uma segura nota três.

28.6.07

Jornal do Barlavento

Buscava eu notícias da 7.ª Corrida Fotográfica de Portimão no Jornal do Barlavento, quando descobri que estou numa das fotografias do site deste jornal.
Não vou dizer em qual, mas se forem aqui, e abrirem a janela das fotografias, posso dizer que estou numa das oito opções.
Eheheheheh.
Onde está o Wally?

26.6.07

Lisboa Bike Tour 2007

Foi no domingo que estive no meio desta multidão. Cerca de 10.000 bicicletas atravessaram a Ponte Vasco da Gama até à Gare do Oriente.
Não apareço nas imagens, mas deixo aqui um "cheirinho" visual daquilo que se viveu naqueles 13 km de percurso.



(vídeo de Urso Polar)

13

Mais do mesmo, ou nem por isso?
Também devo dizer que, não obstante a nota "cool" destes filmes, que os tornam agradáveis exercícios cinematográficos sem grande impacto histórico, a saga de George "Ocean" Clooney nunca me deixou arrebatado. Por isso, este terceiro filme não gerou grandes expectativas.
E ainda bem, pois que o filme pouco tem para dar. Temos mais uma vez os tipos a passearem por ambientes de casino, a elaborarem planos cada vez mais... cada vez mais irreais (pôr uma das tuneladoras do Canal da Mancha a escavar em Las Vegas sem que alguém ache suspeito é obra) e no fim tudo bate certo sem sequer ser espectatular.
É o mais fraco dos três. Vê-se bem, mas desta vez já não justifica o dinheiro do bilhete. Nota 1 é tudo quanto consigo dar. Ainda roçou o 2, mas à última da hora apeteceu-me ser forreta.

25.6.07

7.ª Corrida Fotográfica de Portimão

Conforme aconteceu no passado, em Maio participei na 7.ª Corrida Fotográfica de Portimão. Até hoje só a 1.ª e a 3.ª edições desta prova não contaram com a minha presença.
Se o ano passado estive pessoalmente ligado à vitória absoluta (conforme o disse aqui em 03.08.2006), este ano vou estar no próximo sábado na abertura da exposição final na zona ribeirinha de Portimão pelas 21.30 para receber o segundo prémio absoluto, ou seja, o segundo melhor rolo (todas as 24 fotografias).
Há dias de sorte. Este foi um deles.
Quando tiver em meu poder as fotografias tentarei digitalizá-las e, se o conseguir com qualidade, ponho-as por aqui. Não levem a mal, mas um pouco de auto-promoção também faz bem ao ego.

22.6.07

Limitações

Parece que me espetaram um faca ali em baixo, entre a L4 e a L5. Maldita hérnia que decidiu lembrar-me que está por ali.

18.6.07

Zodiac

David Fincher realizou um filme muito bem interpretado, onde o domínio do tempo, dos tempos, do ritmo é o mais evidente sinal do seu valor.
Baseado em factos verídicos, tendo o argumento origem no livro que o personagem principal escreveu, o filme centra-se não no serial-killer que se auto apelidou Zodiac, mas sim naqueles que incessantemente quiseram apanhar o assassino, identificá-lo, expô-lo.
Conhecida que é a história de Zodiac, sabemos à partida que este filme não terá um final feliz, ou infeliz. Terá apenas um final à medida da autoria do livro, e um destino para aqueles polícias, jornalistas, suspeitos que no final dos anos sessenta, início dos anos setenta tão obcecados estiveram por força de mais um homicida americano.
O filme, longo, é muito bem construído e, não sendo uma obra-prima é, sem dúvida, um belo pedaço de cinema a não perder num grande ecran. Quatro estrelas, sem dúvidas.

Grátis

Há três jornais generalistas a serem distribuídos em Lisboa nas manhãs dos dias úteis. A estes junta-se ainda um desportivo.
Deste último não posso falar muito, porque sempre achei desinteressante a linguagem e a temática dos jornais desportivos. Nunca comprei "A Bola", o "Record" ou "O Jogo", apesar de já os ter tentado ler. Por isso estou em condições de dizer que este jornal gratuito tem praticamente tudo o que os outros têm, ... e não custa nada.
Quanto aos demais, tudo começou com a acesa disputa entre o "Metro" e o "Destak" que se acomodaram no mercado lisboeta. Agora surgiu o "Meia-Hora" que se apresenta como mais sofisticado, e dirigido a classes mais elevadas do estrato sócio-cultural.
Devo dizer que gosto mais deste último jornal gratuito, pois as notícias escolhidas me parecem mais relevantes e a sua apresentação mais convencional, mais tradicional. Mas uma recolha dos três jornais e a sua leitura assegura com abrangência a informação do leitor.
Apenas um problema se levanta. O Metro está a ser distribuído cada vez mais tarde. Eu faço a minha viagem de metropolitano entre as 7.30 e as 8.00 e é raro encontrar este jornal. Ao chegar ao Chiado, muitas as vezes a senhora que distribui o Destak ainda está à espera da carrinha que lhe trará os maços de jornais. E é o neófito Meia-Hora que chega primeiro.
O curioso é que, há um ano atrás, os outros dois também eram facilmente encontrados à mesmíssima hora da minha viagem, mas por algum motivo obscuro, acomodaram-se, e agora são o espelho da ineficiência, arrasando estratégias comerciais com atrasos inadmissíveis. Aliás, ultimamente vejo à tarde, nos expositores das estações de metropolitano, dezenas de exemplares do Metro por distribuir, porque chegaram tão tarde que já ninguém neles pegou.
Espero que algo mude, porque fomos habituados a pensar que nos jornais, gratuito não quer dizer incompetente. Esperemos que não se deixem cair na qualidade.

14.6.07

Pseudo-cappuccino



Algures entre o café instantâneo e o chocolate para o leite descobri este cappuccino frio da nescafé. Basta juntar água ou leite frios (eu vou sempre pela opção do leite) e tornam muito apetitoso o pequeno-almoço nestes dias de Verão (o.k., eu sei que hoje chove sem misericórdia aqui por Lisboa).

Para quem não bebia café, sob qualquer forma, e se iniciou com os magníficos cafés da Nespresso, estou a começar a gostar destas coisas "cafézeiras".

Infidelidades

Em português recebeu o título de "Jogos de infidelidade", reflectindo o conteúdo de mais um filme. Sim, este é apenas mais um filme.
Começa bem, dando corpo à cada vez mais explorada temática das dúvidas conjugais, do papel do homem e da mulher num casal, do compromisso, dos filhos, do sexo. E por se verem muitos filmes a enveredar por estes caminhos, torna-se mais difícil ser bom. Porque já há várias obras bem conseguidas que funcionam sempre como termo de comparação.
Ora, "Jogos de infidelidade" falha redondamente. Falha porque depois de expôr as permissas, deriva para uma linha "mainstream", com piadas hollywoodescas e final feliz, sem pontas por resolver, e todas confluindo para um final cor-de-rosa enjoativo.
O argumento fraqueja, e os actores que prometem no início perdem-se a partir do meio do filme, quando logo vemos que os autores não se atrevem a ser verídicos e preferem seguir por caminhos que garantam a satisfacção de um público que não questione o enredo, e se satisfaz apenas com a facilidade que lhe é exposta à sua frente.
Por tudo isto, nem a segunda estrela consigo atribuir ao filme. Se calhar estou a ser muito exigente. Se calhar não.

11.6.07

Toldos

O ano passado o jardim da Gulbenkian, junto ao CAMJAP estreou uns toldos sobre os quais disse raios e coriscos neste blog. Com a chegada das chuvas e a continuação das obras nos jardins, que agora acabaram, foram tais toldos removidos, pondo-se fim a uma amargurada imagem de tecido que, outrora branco, acabou transformado em cor de caca, da suja.
Passado um ano, e chegados àquela altura do ano em que o sol e o calor começam a mostrar-se impiedosos, a Gulbenkian ressuscitou a estrutura dos toldos mas, desta feita, escolheu uns tecidos bem catitas para dar cor ao local e melhor resistir à passagem dos dias.
Seguramente muitos se queixarão da opção. O melhor seria confiar nas sombras das árvores e não em "toldos" montados em estruturas metálicas, cujo impacto sempre será pouco natural, dirão. Eu concordo. Porque não deixar a Natureza fazer as refrescantes sombras?

Mas, já que insistem nos toldos, devo dizer que os deste ano são uma melhoria substancial. Deixo aqui um pequeno filme da passagem por baixo dos ditos, num dia de sol. Não exijam muito da qualidade, pois que foi filmado com uma câmara fotográfica de 3.6 MP e apenas mereceu uma edição no iMovie HD para receber uma música ambiente. Mais se diga que foi a primeira vez que abri o programa e demorei não mais de cinco minutos a fazer a montagem.




(filme de Urso Polar)

Por terras alentejanas

Este fim-de-semana andei na zona de Reguengos de Monsaraz, revendos paisagens conhecidas e vendo pela primeira vez novos horizontes.
Não passava por ali havia já alguns anos, e ainda não vira a completa transformação operada com o enchimento da albufeira do Alqueva. Montes outrora secos, amarelose castanhos, estão hoje ocultos por um formidável espelho de água. Um vento moderado recomendava um pequeno veleiro, ou mesmo um simples catamarã para correr aquelas águas calmas em silêncio, ouvindo a passarada, as cigarras, a terra. Desejo ardentemente que se instalem ali equipamentos turísticos dessa natureza que permitam chegar àquela magnífica albufeira, alugar um barquito à vela, e velejar suavemente durante um dia. Serei, seguramente, um potencial cliente.

(fotografia de Urso Polar)

Mas tive oportunidade, igualmente, para rever os vinhedos, cada vez mais extensos em herdades como a do Esporão, e comer muito, muito bem.


(fotografia de Urso Polar)


E também estive junto a uma das provas de ter Obélix passado pelo nosso país.

(fotografia de Urso Polar)

Sem desprimor para as demais, continuo a considerar que o Alto Alentejo e o Alto Douro são as zonas mais bonitas de Portugal, e onde gosto mesmo de estar

(fotografia de Urso Polar)

Pigs (three different ones)

6.6.07

Retrato-robot

Querem experimentar a sensação de fazer um retrato-robot?
Pensem numa pessoa que conhecem. Sem qualquer fotografia dela por perto liguem-se aqui
E tentem criar o retrato dessa pessoa.
Dá para perder algumas horas, garanto.

4.6.07

Uma curva em Sintra

Este é um vídeo que já correu mundo. Eu ouvi falar nele há muito tempo mas já o tinha esquecido. Encontrei-o hoje por acaso e acho que merece ser partilhado.



Para mais informações vejam o site do autor.

Piratices



É o título final de mais uma triologia. Quando filmaram o segundo filme, já estavam a preparar o terceiro. Por isso, depende claramente desse segundo filme para se perceber a história, as traições, os degradados padrões morais dos piratas e daqueles que os perseguem, a fragilidade das alianças, a força dos laços pessoais.

Mas, apesar de tudo isso estar ali patente e escrito de forma coerente, não é o que importa no filme. O que importa é que são duas horas e quarenta de acção, emoção, humor, tudo trabalhado de forma excêntrica e fantasiosa. E quem não quer fantasia num produto destes?

Não tenho dúvidas em que o segundo e terceiro filmes não alcançaram a qualidade do primeiro. Mas que importa isso? O filme Piratas das Caraíbas - No Fim do Mundo é um excelente exercício de cinema, diversão, entretenimento. Leva quatro estrelas porque não defrauda as expectativas. Pelo menos as minhas.

Feira do Livro 2007

Apesar de achar que este ano a Feira do Livro de Lisboa retrocedeu no tempo e ficou aquém das expectativas, este foi o espólio de duas visitas. 55 livros, 24 dos quais de banda desenhada, foram as aquisições lá de casa.
E tempo para ler isto tudo?