29.5.09

Utilidade


Anunciados como os salvadores da exploração nas auto-estradas, que permitiriam ao consumidor escolher o posto de abastecimento em área de serviço com o preço mais recomendável para o seu bolso, está agora generalizada esta sinalética.
Fiz recentemente duas viagens: uma para Norte até à Mealhada; outra para Sul até Portimão. E lá fui vendo a nova sinalização, moderna, com sistema de manutenção à distância para serem modificados os valores à medida que estes mudem nas respectivas bombas.
Curioso... mas mesmo muito curioso, foi que em todos os que vi, os valores inscritos eram iguaizinhos nas três opções, independentemente da marca de combustível em causa. 
Das duas uma: ou aquela coisa não funciona e fica tudo igual ;o)  , ou então a concorrência nas auto-estradas é uma ficção. Porque o preço, lá está, é um pouquito mais elevado que nos postos das localidades.
Muito útil, esta iniciativa. Sinto mesmo que estu a ganhar imenso com a existência destes novos paineis de sinalização.

Japonês

O Restaurante AYA é, sem margem para dúvidas, o melhor japonês de Lisboa. Digo-o sem ter ido a todos. Mas a experiência gastronómica neste restaurante é inesquecível pela qualidade dos ingredientes, pela imaginação dos pratos e pela sublime apresentação. Serviço informal, atencioso e muito credível nas suas sugestões.
Do melhor!

22.5.09

Novamente o i

Hoje o jornaleiro ao qual me dirijo habitualmente confidenciou-me que só vendia, a cada dia, uma meia-dúzia de jornais i . Por favor, analisem bem este jornal. Eu rendi-me. Está, para o meu gosto, vários degraus acima dos demais. A forma diferente de dar notícias, de as explicar e de não perder tempo com tretas, debruçando-se sobre o verdadeiramente relevante, é de louvar. Hoje comparei-o ao Público. Ganhou claramente em qualidade, objectividade, e superiorizou-se  na qualidade gráfica, na edição da fotografia, pontos fortes do diário do grupo Sonae.
O único "problema" do i é que, ao contrário dos outros, não se esgota nos títulos, e tem mesmo mais coisas, e importantes, para dizer nos seus textos. E com isso passamos muito mais tempo a ler o jornal.
Pelo menos, assim, sabemos que vale o dinheiro que entregamos ao comprá-lo.
Se gostam tanto como eu, por favor, passem a palavra.

Dois filmes diferentes

No fim de semana, para matar o tempo, entrei no cinema para ver este filme que era o únicono  Monumental que interessava. Fui mais arrastado que convencido, é certo.
Mas saí de lá encantado, pensando como poderia ter deixado passar este pitéu. Com o humor, o ritmo e a sensibilidade romana, esta longa-metragem vê-se de um fôlego e, quando acaba, estamos como os seus personagens... queremos mais um pouco.
A história é um achado. No feriado de 15 de Agosto (em Itália, como cá) a malta aproveita para dar uma escapada ao calor que abafa Roma. O personagem principal vive com a mãe, já velhota, e debate-se com dificuldades financeiras. Para as resolver acaba por acolher em casa mais gente de já longa idade que as famílias não podem ou não querem cuidar naquela altura. O resultado é uma pérola. Vejam este filme, que pela simplicidade e eficácia merece 5 estrelas.
Diria mais: estes romanos são loucos. Toc! Toc! Toc!
A meio da semana, e como estamos em pleno festival de cinema de Cannes, fui ver este conjunto de curtas metragens, filmado sob a égide da organização do festival. As regras eram estas: 3 minutos cada curta, com pelo menos uma cena passada num cinema.
Adivinhar o realizador, que a maioria das vezes só é identificado nos créditos finais da respectiva curta, é um jogo no qual entramos rapidamente. Sem espanto, as curtas que mais me agradaram foram feitas por alguns dos realizadores que mais prezo e que não esqueceram como se faz algo bom em tão pouco tempo.
A visão de tantos realizadores sobre o cinema, tantos pontos de vista tão diversos, cruzando o tempo do cinema tornam este filme uma obra de referência que, seguramente, quando chegar ao DVD terá lugar guardado nas prateleiras de muita gente.
Recomenda-se vivamente. E só leva quatro estrelas porque há umas curtas que desequilibram o resultado final.

18.5.09

Fotografias em Portimão

Este sábado cumpri a minha 7.ª participação na Corrida Fotográfica de Portimão. Estamos na 9.ª edição e apenas não alinhei na primeira e na terceira. Desta feita foi mesmo cumprir calendário e alguma tradição. Estava sem inspiração e os temas repetem-se ano, após ano, após ano chegando ao ponto de já não ter ideias sobre o que fotografar.
Ao contrário do ano passado, nem aqui ponho as fotografias que tirei. Não vale a pena. Acho-as fraquitas.
Ainda que para o ano que vem se prepare algo de diferente (disse-o a organização), não sei se estarei disposto a regressar assim tão brevemente. Se calhar preciso de um descanso.

11.5.09

Ousadamente rejuvenescido

Há muitos anos, era eu pequeno, pelo meu dia de anos, vim a Lisboa com o meu pai para irmos ao cinema. Terá sido o único filme que alguma vez vi no defunto cinema Eden: Star Trek, a Ira de Khan. Delirei com tudo nesse dia, até mesmo com a bifana que comi depois do filme, afugentando o frio e a fome que o final da tarde de Outono trouxeram e ganhando ânimo para a viagem de comboio de regresso a casa. Não vi no cinema mais nenhum filme do Star Trek. Aqueles que vi em casa, na televisão, despontaram-me. Assim como, pensando bem, toda a série original. Sempre fui mais adepto da "Next Generation", do Comandante Picard e do ser artificial Data, do Number One e dos holodecks.
Porém, agora, Star Trek bebeu da fonte da juventude e o resultado não podia ser melhor.
A escolha dos actores é quase perfeita, e neles conseguimos imaginar os jovens Kirk, Spock, McCoy, Sulu, Scott, Uhura, sendo o exercício apenas difícil quanto a Checov. A nave Enterprise passou por um ligeiro "changing rooms" e, mantendo a âncora nos velhinos cenários e modelos dos anos 70, surge agora animada dos melhores efeitos especiais e de uma actualização nos conceitos de imagem. Basta lembrar-nos que quando a série nasceu os computadores não estavam nos nossos telemóveis, reagindo ao leve toque no ecran, pelo que era preciso desenvolver o modelo à luz daquilo que vivemos no nosso dia-a-dia.
A história, coerente, é animada de acção, e está fiel aos princípios que nortearam todo o universo trekkie e, acima de tudo, tem o golpe de génio que permite dar rédea solta a toda uma nova sucessão de filmes sem as amarras de todas as histórias televisivas e do cinema. Não digo qual é para não estragar a surpresa a quem for ver o filme.
Filme que se vê num instantinho. Só não lhe dou nota máxima porque penso que poderá ainda ser melhor, no futuro, quando o enredo já não tiver que dar explicações. Quatro estrelas. A não perder pelos fans do género.

8.5.09

i



Chegou ontem às bancas um novo diário, o i , o qual tem desde logo a virtude de ser diferente e não vir colar-se ao que já existe no mercado, mas procurar um espaço próprio marcado pela sua identidade.
O i é mais pequeno em tamanho de página, é agrafado, tem uma cuidada edição fotográfica, paginação e arruma ainformação segundo critérios próprios, distintos dos demais diários.
Falta saber como serão os conteúdos, pois é claro que a primeira edição não é suficiente para autorizar um juízo de valor sobre a qualidade jornalística do projecto.
Contudo, lembro que o último diário a ser lançado, o 24 Horas, recentemente reformulado, não mereceu, sequer, um segundo olhar, tão mau se apresentava quanto ao critério noticioso que assumia. O i, pelo contrário, merece um cuidado olhar durante os próximos tempos, para saber se é ou não um projecto a acarinhar.
Entretanto, também está disponível na net, aqui, onde igualmente pretende ser diferente.
Antes de mais, bem-vindo.

7.5.09

Ainda o Indie

Delicioso filme que revela como algo sem efeitos especiais, com pouca gente e recursos limitados, pode ser tão completo. A história de uma rapariga, a caminho do Alaska onde espera arranjar emprego, que se vê envolvida numa série de contratempos, nomeadamente para reencontrar a sua fiel amiga de quatro patas, Lucy, está tão bem contada que os 80 minutos de filme passam de um fôlego.
Não creio que venha a merecer passagem no nosso circuito comercial (surpreendam-me), mas logo que deitem mão a este filme, seja numa sala de cinema , seja em DVD, vejam. Porque o cinema não é só fantasia e espectáculo virtual, é também e acima de tudo, uma arte para contar histórias. Quatro estrelas seguras.

Nivel

De incidente em incidente, de insulto em insulto a campanha europeia segue o seu caminho, muito esclarecedora e cheia de nível, como previ.

5.5.09

Adeus, Camarada Vasco

Aos 83 anos Vasco Granja encerrou uma vida dedicada à BD e à animação. Koniek, como acabavam os desenhos animados checos que nos transmitiu durante a infância. Vasco Granja formou-nos divertindo, sabendo que tínhamos o brinde no fim do programa, na forma de uma pantera cor-de-rosa ou de um Looney Toon.
O seu tom de avôzinho com péssima dicção para nomes estrangeiros ficou gravado na nossa memória, pelo que não é estranho que seja a geração que hoje anda pelos trintas que mais divulga pela blogosfera este falecimento.
Adeus, Camarada Vasco.

3.5.09

Ultima hora

Este fim-de-semana de três dias serviu para aproveitar cultura de última hora. Começou no IndieLisboa, onde ainda vi um filme do qual darei nota autonomamente num próximo post.
Seguiu-se uma passagem pelo CCB, onde apanhei os últimos cartuchos da exposição de fotografia "Arquivo Universal" (findou hoje), a incrível exposição de Peter Kogler, da qual são estas fotografias e que ainda podem ver até ao dia 31, e a desinteressante exposição BESPhoto.
Hoje fui à Gulbenkian ver a exposição do Darwin, algo a não perder, e disponível apenas até dia 24.
E acabei ao sol e calor do Parque Eduardo VII a gastar dinheiro na renovada Feira do Livro. Foi um bom fim-de-semana.