26.6.09

Anjo (de Charlie)

No dia em que toda a gente fala da morte do negro-que-roubou-a-cara-à-irmã-e-depois-quis-virar-branco, e que acho um facto trivial e sem qualquer impacto para mim, aproveito para recordar uma senhora que deixou ontem de se contar entre os vivos.
Este poster foi pendurado por milhões de jovens por todo o mundo. Farrah Fawcett era a razão pela qual víamos "Os Anjos de Charlie".
Recordem-na assim, tal como naquela época iluminava a nossa imaginação.

Leituras, ainda não de férias


Quando estive em Londres este livro, pela sua apresentação, seduziu-me. Porém, ao invés de me deparar com boa ficção científica, este "EVE, The Empyrean Age", de Tony Gonzalez é uma estucha sem fim, sem estrutura, sem arte. Não admira. É baseado num jogo on-line, como vim a descobrir. Ora, seiscentas páginas em inglês atrasaram outras leituras. Devo dizer que fui teimoso ao ponto do acabar, mas se calhar melhor teria feito se o tivesse abandonado lá pela página 200, quando o interesse daquilo já estava esgotado.

Se assim tivesse feito, mais rapidamente teria devorado este "Ei, Nostradamus", de Douglas Coupland. Este sim, valeu a pena. Com altos e baixos na sua produção (da qual destaco o "Infoescravos" e o "Geração X", como os que mais gostei) esta sua obra é sem dúvida uma das melhores. Lê-se de um fôlego, e transporta-nos para o universo pouco falado daqueles que num momento da sua vida passaram por um daqueles massacres liceais, infelizmente cada vez mais frequentes e não só nos EUA.
Dá que pensar .

17.6.09

Se as coisas estão bem, é preciso mudar

Os sacanas da Carris estão sempre prontos para aldrabar um bom serviço.
Com as obras na Praça do Comércio os autocarros que passam pela Baixa começaram a parar no Rossio e num outro ponto a meio da Rua do Ouro (descendente) e a meio da Rua da Prata (ascendente). Era bom. Muito bom. Não só ficávamos numa das pontas da Baixa, ou mesmo no seu miolo, como tínhamos muitos autocarros para escolher tanto mais que vários têm percursos coincidentes, ou se aproximam da zona para onde queremos ir e, para não estar à espera, podemos optar por outro caminho, andando a pé a diferença.
Claro que, reaberto o trânsito lá em baixo, os senhores da Carris tinham que aproveitar para mexer no sistema e estragar tudo.
Agora há várias paragens para cima ou para baixo, aproximando-se da extremidade da Baixa perdendo assim a centralidade. Porque, por exemplo, na Rua da Prata, há 4 paragens, todas para autocarros diferentes, uma por quarteirão, inviabilizando sequer que possamos optar por um percurso em detrimento de outro consoante o primeiro autocarro a chegar. E, a título de exemplo, o 44, o 745, o 36 passaram a ter a sua única paragem naquela rua no primeiro quarteirão a contar da Praça do Comércio, estragando assim a centralidade das entradas e saídas anteriormente desenhadas.
Para ajudar, este espalhar de pontos de paragem provoca um constante ultrapassar entre autocarros, complicando o trânsito, e aumentando o tempo que demora a percorrer a Rua da Prata (mais visível aqui que no sentido descendente).
Quem foi que pensou nisto?
Quem achou que o outro sistema era pior?
Porquê complicar algo tão simples que funcionava bem?
Acho que este é mais um exemplo da vontade de mexer que move os decisores portugueses, de legisladores a directores, todos os que de alguma forma governam têm que, de vez em quando, alterar o que está montado, mesmo que funcione bem. Só para dizer que sim, que merecem o ordenado que todos os meses recebem.

12.6.09

O que tem que ser, tem muita força

De pouco lhe valeu a sorte de há uma semana.

11.6.09

Guincha, porquinho, guincha

De vez em quando há filmes assim.
Pega-se no universo vampiresco, e usa-se o mesmo como alegoria para uma realidade comum.
O resultado pode ser uma misturada sem pés nem cabeça.
Ou pode ser um filme como este "Deixa-me entrar", que na fria Suécia, nos anos 80, mistura um vampiro com um pesadelo de "bullying", centrando no universo pré-adolescente a narrativa que corre deliciosa.
A realização aproveita o cenário natural frio, branco, com exemplos diferentes de arquitectura confortável, para aí colocar as peças deste xadrez vampiresco onde os fracos podem ser fortes e os fortes fracos, nomeadamente se pelo meio aparecer uma jovem que só se vê à noite, que só entra na casa dos outros se expressamente a convidarem para tanto, e que tem um apetite que precisa ser satisfeito.
Esqueçam o gore e os efeitos especiais cheios de hemoglobina... e redescubram o que é ser um jovem atormentado, e o que é ser uma velha jovem vampira.
Absolutamente a não perder.

6.6.09

desculpem lá o silêncio

Tenho coisas novas para dizer. Mas ainda não será hoje. Preciso tempo e calma que me fogem entre os dedos. 
Peço a quem por aqui vai passando a compreensão para não desistir de abrir esta página e encontrar algo de novo. Amanhã espero deixar o comentário a mais um filme, o "Deixa-me entrar". 
Volto já.