26.4.12

Armas de Portugal

Hoje pela manhã, na rádio, ouvi a notícia de que em Portugal há cerca de 1.400.000 armas registadas (as legais, portanto), dando assim tom à alarmista noção de que pelo menos um em cada dez portugueses está armado.
Contudo, num universo como o nosso, falta dizer quantas destas são caçadeiras. Arriscaria dizer entre 70% a 80%. Mais falta dizer quantos crimes são praticados com armas legais. Assim por alto, também arriscaria uma percentagem perto do nulo.
O problema das armas encontra-se nas ilegais. Na possibilidade de, com € 200,00 se comprar uma pistola transformada ou uma caçadeira furtada, já cortada para se esconder debaixo do casaco. Invista-se, pois, no combate a essa actividade lucrativa, e controlem-se as "comissões" que muitos conseguem por fora ao encaminhar clientes para os armeiros...

24.4.12

Comida rápida, mas variada

No Campo Pequeno, reencontrei hoje uma renovada área de restauração que, para o fast-food habitual, tem alternativas bastante equilibradas e acolhedoras.
Com gostos para todos, encontramos lá especialistas à portuguesa dos quais quero salientar: o H3 e seus hamburguers gourmet; o Prego Gourmet; a Portugália balcão, e a Empadaria do Chef juntamente com variadas opções que oferecem saladas, sandes, pizzas, pastas, sushi.
Como me surpreendeu pela positiva (já lá não ia desde o ano passado), achei por bem deixar aqui nota disso.

17.4.12

Dar graxa

Sempre me fez impressão o "engraxador de sapatos". Não tanto por si, mas pelos que recorrem aos seus serviços. Não compreendo esta capacidade de entregar os sapatos ainda calçados aos cuidados de alguém. Um pouco como ir à lavandaria e não despir a roupa enquanto a lavam a seco...
Aos meus olhos, aquele que paga para ter os seus sapatos engraxados assume sempre uma posição dominante, abusiva, exploradora. E o engraxador entrega-se à suja missão, lá em baixo, curvado subservientemente, e ai dele que suje as meias ou calças do cliente...
Recordo o dia, há mais de uma vintena de anos, em que um tipo, que não tinha onde cair morto, sempre a pedir dinheiro emprestado, e com o bom-senso de uma formiga aliado a um diminuto QI, anunciou que ia engraxar os sapatos. Vai daí, sorrindo, senta-se na banqueta de um dos muitos engraxadores que havia no Rossio. Poucas vezes tinha alguém aos seus pés, às suas ordens. Sentia-se inchado, importante em tal posição, e não se importava de pagar por isso.
Vem esta conversa a propósito do engraxador, rapaz novo e solícito, que agora assenta arraiais em frente ao restaurante Guilty, na Barata Salgueiro. Continua a fazer-me impressão vê-lo. E ver os clientes, sentados, sorriem como gordos capitalistas de cartola, charuto e relógio de bolso em ouro, mostrando a sua superioridade na "cadeia alimentar" onde vivemos.

16.4.12

Tudo o que é bom passa tão depressa

Já lá vai uma semana...
Quem me dera não ter que trabalhar, e poder sempre viajar, conhecer, sentir.

11.4.12

Veneza

Livro fantástico e delicioso.
Lê-se melhor na própria cidade.