O Natal passou célere. Tão depressa estava a fazer compras de presentes como já arrumava a papelada rasgada. Foi tudo tão rápido que nem comprei umas luzes para a árvore de natal, estragadas que estavam aquelas que têm sido utilizadas nos últimos anos.
Os dias, cinzentos, sem graça, não têm convidado a grandes iniciativas. Ficar na cama até tarde tem sido um bom plano. Mas chegado a esta hora, fico na dúvida sobre o que fazer. Tudo aquilo que "tem" de ser feito não apetece. Tudo o que "pode" ser feito não convence.
A novidade costuma ser um bom incentivo. Mas nestes dias a novidade tem estado arredada. Para novo parece que já só sobra o ano.
Paulatinamente vejo o tempo escorrer à beira do fim, deste fim de 2009, repetindo-se o ciclo anual de promessas. Será 2010 um ano melhor? Desejamo-lo. Mas o futuro quere-se desconhecido, para que seja novidade.
Para que tudo seja possível. Para o bem e para o mal. Para que surpreenda.