Mark Knopfler está um velhinho sem chama nem encanto.
Hesitei muito na compra dos bilhetes e só na passada semana me decidi a arriscar. Fiz uma má escolha.
O concerto que há pouco acabou no Campo Pequeno mostrou-o sem voz, sem entrosamento com os músicos que o acompanham, e tocando as suas guitarras como se lhe faltasse um dedo em cada mão. Como se tocasse sentado no seu sofá, não se levantou da cadeira enquanto martelava as notas dos sucessos de outrora.
As letras foram apenas murmuradas, como fazem aqueles velhos que contam as suas histórias entaramelando o fim das frases que começam com genica e findam de forma imperceptível.
Tenho visto bastantes concertos de estrelas que vêm de há muito. De velhinhos. E nenhum foi tão mau como Mark Knopfler.