O fim de semana teve dose dupla. Começou com o Capitão América (Captain America, the first avenger), que deixou um pouco a desejar. Como já aqui deixei dito mais do que uma vez, gosto bastante de ver passar para filme as boas histórias dos heróis da BD. Mas é preciso que os filmes sejam bons.
Este deixou-me a impressão de ser um mero prólogo explicativo do já anunciado "Avengers" que surgirá para o ano e juntará o Capitão América, com o Thor, o Nick Fury, o Hulk e o Homem de Ferro.
De resto, cumpre a sua função, não é miserável como outras produções o já foram, mas parece um daqueles livros de BD que lemos uma vez e não apetece reler. E, pessoalmente, não gostei de ver Chris Evans como protagonista...Já Super 8 é um filme daqueles que se vêem e revêem ocupando na memória um lugar de estimação. As comparações com E.T. e Gonnies são inevitáveis porque a realidade retratada é a mesma: um grupo de putos, no início da adolescência, colocados perante circunstâncias extremas e fantásticas, em plenos anos 80.
J.J. Abrams redime-se aqui de ter criado a série "Perdidos" cujo final foi o maior desaire dos últimos tempos.
Seguindo a estética de Spielberg, aqui produtor, e aditando-lhe o fantástico das cenas de acção, Super 8 leva-nos de volta aos anos 80 e a um grupo de miúdos com os quais nos identificamos e por quem torcemos ao longo das aventuras que enfrentam.
Saí da sala com uma quente e reconfortante sensação de prazer.
Repito: este é um filme para ver e rever.