12.8.15

Harry (Holy) Hole

O primeiro livro das aventuras do Inspector Harry Hole lê-se mais rapidamente que outras criadas mais tarde. Talvez porque a trama seja pouco densa, e a investigação à volta de um caso de homicídio não seja aqui esmiuçada como Jo Nesbo conseguiu fazer, nomeadamente a partir do "Pássaro de peito vermelho". 
Ainda assim, é nesta primeira aventura que se encontram chaves para melhor compreender o Inspector cujo percurso futuro andará sempre na corda bamba, dando-lhe a densidade e o passado que explicam a sua forma de ser e agir.
Posso dizer que é um excelente livro para férias. Ligeiro q.b., assegura umas horas de relaxamento físico e cerebral, sem deixar de nos provocar para tentar desvendar o enredo policial.

11.8.15

Miúdos

Lê-se rapidamente e com prazer este relato autobiográfico dos anos em que Patti Smith se descobria, ao lado de Robert Mapplethorpe. É o retrato de uma Nova Iorque a transmutar-se dos anos pós-guerra para o fenómeno hippie, alternativo, da poesia, das drogas, da música, do amor livre. Os anos de ouro da Fábrica, do Chelsea Hotel, do rock e da arte contemporânea. A prosa é fácil e cuidada, cativa e consegue levar-nos para aqueles cenários irrepetíveis.
Patti Smith, que veio para Nova Iorque à procura do seu futuro passa anos difíceis ao lado de Mapplethorpe, ambos procurando o reconhecimento que mais tarde veio a acontecer. O livro temina com a morte do artista. Patti continua por aí. Em Setembro actua em Lisboa.