Há duas semanas fui ver o último filme de Terrence Malick.
Não tenho palavras para o descrever. Sereno, mas inquietante, o filme exibe em todas as interpretações uma intensidade que está ao alcance de poucos.
Sinceramente, creio que muitos consumidores de cinema já não sabem acolher produtos como este. Mas muitos outros vão repetidamente às salas de cinema à procura de jóias tão finamente talhadas e só ocasionalmente têm o prazer de as encontrar. Eu, numa palavra, adorei.
Este é um filme condenado a tornar-se um clássico.Ontem, optei por um registo totalmente diferente. A BD na base do cinema, como nos últimos anos se tem repetido, transforma-se num manancial de argumentos tão vasto, já traduzido em storyboards, que merece tratamento refinado.
Eu sou um apreciador de banda desenhada, e o universo dos X-Men faz parte do meu imaginário desde muito novo. E se muitas vezes temo que o cinema maltrate mundos criados para o papel, desta feita só tenho que aplaudir o fabuloso filme que traz à tela as origens dos mutantes, dos X-Men, e que clarifica as dinâmicas já retratadas na anterior triologia que culmina no confronto entre duas facções antagonistas de mutantes.
A acção é q.b. mas está muito bem montada. Aos mutantes é dada a densidade necessária para compreender as suas escolhas do presente e do futuro. E assim se percebe que os mundos criados pela Marvel, por muito fantásticos que sejam, têm a virtude de se desenvolver, explicar, consolidar, e ganhar um relevo que muitos argumentos (não sei porquê, mas lembrei-me do "Lost" - eheheh), em particular na televisão, não conseguem.
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