26.2.12
21.2.12
20.2.12
Carnaval nos anos '80
Ontem, quando saía do Metro na Avenida, vi um ovo esmagado no chão, e num segundo recordei como eram nojentos os dias de Carnaval nos anos '80.
Histórias míticas relatavam tempos em que tinta-da-china, lixívia e ácido eram lançados sobre casacos de professoras. Falava-se igualmente de automóveis cheios de lixo, ou aos quais eram atiradas bombas de Carnaval e coisas bem piores... este era o Carnaval nos anos oitenta para um jovem tenrinho: um período de pânico.
Poucos anos depois, com três amigos, comprámos uma dúzia de ovos pois era altura de sermos nós a lançar o projéctil galináceo. Andámos, e andámos, e andámos, cheios de poder, sabendo que cada um tinha três munições nos bolsos prontos para serem lançadas sobre alguém. A questão era: quem?
As discussões atingiam o filosófico, especialmente porque ninguém assumia o ónus de enfrentar uma vítima, por mais frágil que fosse. Assim, o primeiro alvo foi uma janela aberta e o atirador desafiado fui eu.
Ficou para a história o momento em que lancei o ovo e este subiu mais dois andares do que deveria e, ao invés de entrar pela janela, passou por cima do telhado do prédio, quase matando de riso o grupo que já estava pronto para fugir.
Um dos nossos artistas mais ousado lançou um ovo de cima de um viaduto para um "careca" que por baixo passava. Ninguém gozou o momento, pois a fuga desenfreada começou no preciso momento em que o ovo largou a mão do lançador. Acreditei nas suas palavras descrevendo como rebentara e sujara o pobre transeunte.
Após mais uns quilómetros de deambulação à procura de vítimas ou alvos, acabámos por esgotar as munições com lançamentos de longa distância sobre um autocarro de uma campanha política para as eleições que se avizinhavam.
Mais de vinte cinco anos depois, só consigo pensar em como éramos tontos e merecedores duns tabefes!
16.2.12
Porquê?
O jornal fala de mortos, facadas, tiros, sangue, futilidades e falta de dinheiro.
A Troika anda por aí, a avaliar os alunos e a saber se estão a dar bom uso à mesada.
O Benfica perdeu.
A falta de chuva ameaça-nos com a seca.
O Carnaval foi cancelado (mais ou menos).
Todos os meses o IRS leva-nos mais dinheiro de um vencimento já de si emagrecido.
Em cima da mesa só tenho dificuldades para resolver.
Porque ando, então, com um sorriso nos lábios?
13.2.12
Escondido à vista de todos
No centro de Lisboa, na Av. 5 de Outubro, junto à Av. Duque D'Àvila, escondido à vista de todos está o spatitude, um luxo que vale mesmo a pena.
Entramos e rapidamente esquecemos que estamos na cidade. Somos "obrigados" a relaxar com tudo o que nos é oferecido.
É caro. É. Mas a experiência é inesquecível e registamo-la na memória alimentando uma enorme vontade de regressar. Logo, vale mesmo a pena.
Há inúmeros tratamentos e não faltam opções para passar umas horas nas quais tudo parece girar à nossa volta com o intuito de nos fazer sentir bem.
Espreitem e deixem-se tentar. O Urso Polar ficou fã.
7.2.12
732 CASELAS
- Aquilo era tudo "feitício".
- Feitiço?
- "Feitício"! Ele abria as empresas para ficar com as coisas e não pagar.
6.2.12
Mudo mas não quedo
Pode estar muito nomeado. Pode ser um filme incrível pela originalidade, pela audácia de recriar um género perdido no tempo. Os actores estão muito bem, a história está bem estruturada, a imagem é irrepreensível.
Mas não é um filme extraordinário. E vai ser mais um daqueles que um dia, no futuro, iremos referenciar de forma mais ou menos obscura, porque, na realidade... não oferece nada de novo.
O olhar diferente e nostálgico sobre o cinema é bastante para tornar o filme um bom momento de entretenimento (cumprindo uma das funções primordiais do cinema). Mas pouco mais do que isso, entretenimento.
O melhor é cada um ver e fazer o seu próprio juízo. Eu, passados três dias, sinto que ficou aquém das expectativas.
1.2.12
Falta de sentido de humor
Ao que nós chegámos...
Notícia do Público, hoje:
«Detidos no aeroporto
Piada no Twitter leva dois turistas britânicos para a cadeia nos Estados Unidos
01.02.2012 - 13:43 Por Alexandre Martins
Se está a pensar em visitar os Estados Unidos nos próximos tempos, pense duas vezes antes de fazer piadas no Twitter, principalmente se as tiver ouvido na série norte-americana “Family Guy”. Leigh Van Bryan e a sua amiga Emily Banting, ambos residentes em Inglaterra, não seguiram este conselho e tiveram uma recepção pouco calorosa: foram detidos por guardas armados no principal aeroporto de Los Angeles, interrogados durante cinco horas e metidos numa cela durante 12 horas, ao lado de traficantes de droga mexicanos.
"3 weeks today, we're totally in LA pissing people off on Hollywood Blvd and diggin' Marilyn Monroe up!" Quando o jovem irlandês Leigh Van Bryan, de 26 anos, enviou este tweet a uma das suas amigas, estava longe de pensar que o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos se interessava pelas suas actividades. Mas a verdade é que a frase – que van Bryan diz ser uma referência a um episódio da série de animação “Family Guy” – não escapou às malhas do controlo informático pós-11 de Setembro, que vasculha activamente a Web à procura de expressões que possam comprometer a segurança do país.
Mas não foi este o único tweet que fez levantar os sobrolhos dos funcionários que tentam impedir a entrada de terroristas nos Estados Unidos. Para além da intenção de revolver a campa da antiga estrela de Hollywood, o incauto irlandês ameaçou também destruir os Estados Unidos. Pelo menos foi isso que as autoridades leram noutro tweet de Leigh Van Bryan: "free this week for a quick gossip/prep before I go and destroy America? X"
Mal chegaram ao Aeroporto Internacional de Los Angeles, van Bryan e a sua amiga Emily Banting, uma jovem de 24 anos residente em Birmingham, ainda tiveram tempo para explicar às autoridades que a palavra inglesa “destroy”, usada naquele contexto, era calão para “festejar” e que “diggin' Marilyn Monroe up” era uma piada da série “Family Guy”, mas estes argumentos não lhes valeram de nada.
“Eu nem queria acreditar, porque aquilo era uma citação da série cómica ‘Family Guy’, que é norte-americana”, disse Leigh Van Bryan ao jornal britânico “Daily Mail”.
Segundo este gerente de um bar em Coventry, os agentes do Departamento de Segurança Interna vasculharam as suas malas em busca de pás, sob a suspeita de que a amiga Emily Blanting ficaria de vigia enquanto ele iria vandalizar a campa de Marilyn Monroe.
“Eles perguntaram-nos porque tínhamos a intenção de destruir a América e nós tentámos explicar que queríamos apenas dizer que íamos beber uns copos e curtir. Quase desatei às gargalhadas quando me perguntaram se eu ia ser a vigia do Leigh enquanto ele exumava os restos mortais de Marilyn Monroe”, contou Emily Blanting.
Depois de interrogados por suspeita de planearem praticar actos terroristas, e já algemados, passaram 12 horas em celas separadas, onde van Bryan foi novamente levado a perceber até que ponto a vontade de "curtir" e o sentido de humor podem custar caro: “Quando chegámos à prisão fui posto numa cela sozinho, mas uma hora mais tarde chegaram dois mexicanos enormes cobertos de tatuagens, que começaram a perguntar-me quem é que eu era. Disseram-me que tinham sido detidos por terem traficado cocaína para os Estados Unidos. Quando a comida chegou, eles ficaram com quase tudo e deixaram-me apenas um pacote de sumo de maçã”.
Depois de ter assinado um documento em que assumiu a responsabilidade pela publicação dos dois tweets, Leigh Van Bryan foi colocado num avião com destino a Birmingham, em Inglaterra, juntamente com a sua amiga, sem nunca terem tido a hipótese de “destruir” os Estados Unidos.
Ouvido pela BBC, um representante da Associação dos Agentes de Viagem Britânicos alertou todos os turistas para os perigos das mensagens que publicam nas redes sociais: “Já houve casos de turistas que foram barrados pela segurança nos aeroportos por fazerem piadas com bombas. Foram interrogados e acabaram por perder os seus voos, numa demonstração de que eles não têm sentido de humor quando são confrontados com potenciais riscos”.
Também em Inglaterra as piadas podem ter consequências graves. Por exemplo, em Janeiro de 2010, o cidadão britânico Paul Chambers foi multado em 385 mil libras (460 mil euros), mais 2600 libras (3100 euros) em custas processuais, por ter escrito no Twitter que iria fazer explodir o Aeroporto Robin Hood, em Doncaster, se a pista não estivesse livre de neve quando fosse visitar a sua namorada. Chambers passou um mau bocado, mas não chegou a desembolsar a quantia estipulada pelo tribunal – o actor Stephen Fry ofereceu-se para pagar a multa. »
Mas não foi este o único tweet que fez levantar os sobrolhos dos funcionários que tentam impedir a entrada de terroristas nos Estados Unidos. Para além da intenção de revolver a campa da antiga estrela de Hollywood, o incauto irlandês ameaçou também destruir os Estados Unidos. Pelo menos foi isso que as autoridades leram noutro tweet de Leigh Van Bryan: "free this week for a quick gossip/prep before I go and destroy America? X"
Mal chegaram ao Aeroporto Internacional de Los Angeles, van Bryan e a sua amiga Emily Banting, uma jovem de 24 anos residente em Birmingham, ainda tiveram tempo para explicar às autoridades que a palavra inglesa “destroy”, usada naquele contexto, era calão para “festejar” e que “diggin' Marilyn Monroe up” era uma piada da série “Family Guy”, mas estes argumentos não lhes valeram de nada.
“Eu nem queria acreditar, porque aquilo era uma citação da série cómica ‘Family Guy’, que é norte-americana”, disse Leigh Van Bryan ao jornal britânico “Daily Mail”.
Segundo este gerente de um bar em Coventry, os agentes do Departamento de Segurança Interna vasculharam as suas malas em busca de pás, sob a suspeita de que a amiga Emily Blanting ficaria de vigia enquanto ele iria vandalizar a campa de Marilyn Monroe.
“Eles perguntaram-nos porque tínhamos a intenção de destruir a América e nós tentámos explicar que queríamos apenas dizer que íamos beber uns copos e curtir. Quase desatei às gargalhadas quando me perguntaram se eu ia ser a vigia do Leigh enquanto ele exumava os restos mortais de Marilyn Monroe”, contou Emily Blanting.
Depois de interrogados por suspeita de planearem praticar actos terroristas, e já algemados, passaram 12 horas em celas separadas, onde van Bryan foi novamente levado a perceber até que ponto a vontade de "curtir" e o sentido de humor podem custar caro: “Quando chegámos à prisão fui posto numa cela sozinho, mas uma hora mais tarde chegaram dois mexicanos enormes cobertos de tatuagens, que começaram a perguntar-me quem é que eu era. Disseram-me que tinham sido detidos por terem traficado cocaína para os Estados Unidos. Quando a comida chegou, eles ficaram com quase tudo e deixaram-me apenas um pacote de sumo de maçã”.
Depois de ter assinado um documento em que assumiu a responsabilidade pela publicação dos dois tweets, Leigh Van Bryan foi colocado num avião com destino a Birmingham, em Inglaterra, juntamente com a sua amiga, sem nunca terem tido a hipótese de “destruir” os Estados Unidos.
Ouvido pela BBC, um representante da Associação dos Agentes de Viagem Britânicos alertou todos os turistas para os perigos das mensagens que publicam nas redes sociais: “Já houve casos de turistas que foram barrados pela segurança nos aeroportos por fazerem piadas com bombas. Foram interrogados e acabaram por perder os seus voos, numa demonstração de que eles não têm sentido de humor quando são confrontados com potenciais riscos”.
Também em Inglaterra as piadas podem ter consequências graves. Por exemplo, em Janeiro de 2010, o cidadão britânico Paul Chambers foi multado em 385 mil libras (460 mil euros), mais 2600 libras (3100 euros) em custas processuais, por ter escrito no Twitter que iria fazer explodir o Aeroporto Robin Hood, em Doncaster, se a pista não estivesse livre de neve quando fosse visitar a sua namorada. Chambers passou um mau bocado, mas não chegou a desembolsar a quantia estipulada pelo tribunal – o actor Stephen Fry ofereceu-se para pagar a multa. »
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