Ao fim de muito tempo sem comprar um bilhete, fui ver dois filmes e assim matar a sede de cinema. Acho que ambos merecem ser vistos em ecrã gigante, no escuro de uma sala pública
Primeiro, vi os Vingadores, filme baseado nos comics da Marvel pelo que, como não podia deixar de ser, a dada altura lá aparece Stan Lee a fazer figuras.
Convém precisar que a única razão pela qual este filme exige uma ida ao cinema estará no facto de ter investido na versão 3D. Não é espectacular, em termos de efeitos, mas sempre é diferente encontrar a textura tridimensional nas cenas de maior acção.
Porém, ao fim de quase duas horas e meia de projecção, saí da sala com uma dor de cabeça miudinha. Ver filmes em 3D ainda não é natural para os meus olhos, e creio que não o será para a maioria dos mortais.
Quanto ao filme, propriamente dito, achei o argumento melhor que os dos filmes "preparatórios", merecendo os personagens maior investimento na sua "densidade", sem esquecer que são figuras da BD. Os dilemas, os diálogos, o encadeamento de emoções e acções estão muito próximos dos comics e, por essa fidelidade, gostei do filme. Sem surpreender, respeita as expectativas criadas.
O outro filme que mereceu a minha atenção este fim de semana foi a última fita de Tim Burton, mais um com Johnny Depp a assumir o protagonismo.
A história segue um padrão clássico, não surpreendendo de tão previsível que é. Mas a roupagem excessiva pintada por Tim Burton enquadra de forma perfeita este filme no seu universo. O filme faz-nos rir, torcer pelos personagens, e esquecer os vampiros "cool" e depressivos que inundam o cinema e a televisão, devolvendo-nos um vampiro à antiga, ainda que perturbado com os tempos modernos.
Perfeito para quem quer esquecer a troika e para quem acompanha com gosto os filmes de Burton.
Sem comentários:
Enviar um comentário