qual a
cor da liberdade.
Eu não
posso senão ser
desta
terra em que nasci.
Embora
ao mundo pertença
e
sempre a verdade vença,
qual
será ser livre aqui,
não
hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
é quase
um crime viver.
Mas,
embora escondam tudo
e me
queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a
cor da liberdade.
Jorge de Sena
(1919-1978)
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