30.12.06

Pendurado pelo pescoço *

Saddam já não comerá as passas de 2007. Saddam foi pendurado pelo pescoço nesta madrugada e morreu.
Por mais cruel que alguém seja, continua a ser contra a pena de morte pela irreversibilidade dos seus efeitos.
Saddam morreu e o que mudou para melhor? Nada.
O Iraque continua a viver dias de verdadeira guerra civil comandada por guerrilheiros, terroristas e senhores da guerra. Todos os dias morre alguém às suas mãos perante o olhar impotentente de um exército comandado pelos EUA, cujos soldados desmotivados esperam ansiosamente o dia de regresso à sua terra, vivo e inteiro, de preferência.
Hoje o Iraque já não é uma Nação, se é que alguma vez foi mais do que a mera aparência de uma Nação. O país está condenado ao fracasso, tal como Saddam foi condenado à morte. Saddam está morto. O Mundo está livre de mais uma besta. Nada mais.
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* "Hang by the neck", como dizem os anglófonos.

28.12.06

Votos para 2007

Os meus votos para o ano que se avizinha não poderiam ser mais simples:
Que 2007 seja melhor que o 2006 que agora definha.
Se tal acontecer, as nossas vidas só poderão estar, ser melhores.
Que tenha muito tempo e inspiração para aqui vir deixar umas histórias, uns comentários, umas opiniões... e que vocês continuem a ter um tempo e muita paciência para visitar esta casa de gelo onde um grande urso de pelo branco vagueia de pensamento em pensamento.
Feliz 2007.

18.12.06

Carta ao Pai Natal

O ano passado fiz cinco pedidos públicos ao pai das barbas. Consegui uma das prendas.
Durante 2006 comprei eu outra das prendas. O resto... bom, também não fui modesto a pedir.

Se bem se lembram, comecei com um ampliador de fotografia, que me foi oferecido pelo Natal.
Passei para as câmeras fotográficas Canon EOS 5D e 20D (a 20 D está já fora do mercado), substituída pela 30 D, pouco mais que um upgrade.
Pedi um iMac G5 de 20" e no dia do aderente da FNAC comprei o iMac de 20", agora com Intel Core 2 Duo (estou à espera que mo entreguem).
E acabei com o Aston Martin DB9.


Este ano vou voltar a fazer cinco pedidos. Estabeleci uma regra: só posso repetir um dos pedidos do ano passado.

Ora, então, cá vai.

Sr. Pai Natal, faça o favor de tentar enfiar pela chaminé o seguinte:

1.

Começo pelo cromo repetido, a Canon EOS 5D. Continua a ser a melhor câmera digital para mim. Se não ma der, lá terei que comprar a 40D, que ainda não existe mas se espera que venha a aparecer na Primavera de 2007, com CMOs de 10 MP e sistema de remoção de poeira.

2.


Que tal uma viagem para ir à procura dos ursos polares? Ali para as bandas do Alasca...

3.



Também me dava jeito um home cinema. Mas as colunas de trás têm que ser sem fios, que lá em casa não há como disfarçar os fios de um lado para o outro. Não sou esquisito com a marca desde que seja boa... e as colunas sejam pequenas e discretas. O leitor de DVD tem que ter disco rígido, está bem?


4.


Outra opção será uma mesa de snooker... com o respectivo espaço para a colocar. Pronto..., basta um clube de snooker aqui para as bandas da minha casa. Mas um clube com estilo (não um salão de jogos à portuguesa) e no qual haja mesas de snooker e não apenas de pool.


5. Finalmente, e para acabar em grande...



que tal um Jaguar XK?

13.12.06

Adeus às lágrimas (de riso)

Ainda o sol ia forte, e o calor do Verão começava a apertar quando foi anunciada a morte do canal de Cabo SIC Mulher, aprazado para o final do ano. Não poderia ficar mais indiferente. É raro ver um programa deste canal, e só por acaso me deixo ficar por lá. Ultimamente ainda espreitei por diversas vezes o programa de culinária do Oliver, mas sem grande fidelidade.
Qual não é o meu espanto quando lei a notícia que, à última da hora, a SIC salva a Mulher da forca e envia a Comédia para o cadafalso.
Agora, à queima-roupa, somos informados que no fim do mês acaba a SIC Comédia. Agora a perda já é considerável.

Perdem-se os monólogos, rubricas e entrevistas de Jay Leno à hora do jantar, que tanto ajudavam à digestão. Perdem-se as séries sem continuidade que acumulam piadas e ajudam a passar qualquer hora. Perde-se o humor.
Rais'partam os gajos que decidiram manter aquele canal cor-de-rosa e acabar com o sorriso fácil.
Eu sou cliente, particularmente com muita regularidade, da SIC Radical, da FOX, da 2:, do AXN e da SIC Comédia. Vão-se 20% das escolhas.
Piu...

11.12.06

Ar mais puro

Morreu mais um FDP, lá para os lados do Chile.
Irra, que as coisas ruins custam a morrer.

6.12.06

Camarate para quê?

26 anos depois certos elementos da classe política, figuras de proa dos dois maiores partidos portugueses, descobriram a pólvora, ou seja, que tem que haver um julgamento sobre a morte de Sá Carneiro e demais acompanhantes na fatídica queda do Cessna em 1980.
A motivação destes senhores não é outra senão mediática.
E já agora, comprar para a classe política a imagem de que querem esclarecer a verdade, a qual até sabem qual é, e que no final serão os Tribunais a não fazer justiça.
Logo após a morte de Sá Carneiro (andava eu na 4ª classe e lembro-me do choro da minha professora no dia seguinte, de luto, e deixando transparecer grande angústia e ansiedade), Portugal dividiu-se quanto às causas da queda do avião. O acidente era a tese mais pacífica para um país que ainda não consolidara a recente democracia, e procurava desculpas para justificar o regresso de mentalidades radicais da esquerda e da direita, quem sabe com vista a instalar um clima de guerra civil. Não esqueçamos que estávamos no auge da Guerra Fria, e EUA e URSS digladiavam-se pelo controlo de países satélite.
Por tudo isso, a tese do atentado, seja de esquerda, de direita, ou de qualquer interesse económico ou mafioso nunca foi bem aceite. E toda a investigação imediata foi "orientada" no sentido da pacificação social. Consequentemente, não houve uma investigação independente, isenta, equipada dos meios adequados, e verdadeiramente motivada para a descoberta da verdade. Com o beneplácito político de inúmeras comissões parlamentares que consecutivamente alinharam na tese do acidente. Contra tudo e contra todos, ou antes, contra aquilo que alguns "irresponsáveis" iam defendendo e que a maioria do povo (então ainda não anestesiado pela televisão, e verdadeiramente interessado pela vida do país) comentava à boca pequena.
Com a consolidação democrática, a entrada para o clube europeu e a renovação dos quadros mentais da sociedade, começou a falar-se abertamente de que o "acidente" seria um "atentado". Aliás, passou a ser politicamente correcto defender esta tese. Só que, meus amigos, era tarde. A investigação fora comprometida, as pistas esfriaram, as perícias não eram mais conclusivas, os eventuais autores estavam escudados pelo passar dos anos.
Por isso, se por estúpido e absurdo, a lei for alterada e se obrigar um tribunal a julgar Camarate, só poderá haver um veredicto: a absolvição (de quem?). E depois virão os senhores políticos propagandear que, afinal foi a Justiça que não funcionou.
O que não funcionou, foi o país. E porque o quis.
Para os que acham isto um escândalo pergunto: quem matou John F. Kennedy?

4.12.06

Bolinhas

A Ouriço-Cacheiro mandou-me este link, há uns dias. Ideal para curar o stress. Será?
Vejam
aqui
(agora já está a funcionar o link)