11.6.09

Guincha, porquinho, guincha

De vez em quando há filmes assim.
Pega-se no universo vampiresco, e usa-se o mesmo como alegoria para uma realidade comum.
O resultado pode ser uma misturada sem pés nem cabeça.
Ou pode ser um filme como este "Deixa-me entrar", que na fria Suécia, nos anos 80, mistura um vampiro com um pesadelo de "bullying", centrando no universo pré-adolescente a narrativa que corre deliciosa.
A realização aproveita o cenário natural frio, branco, com exemplos diferentes de arquitectura confortável, para aí colocar as peças deste xadrez vampiresco onde os fracos podem ser fortes e os fortes fracos, nomeadamente se pelo meio aparecer uma jovem que só se vê à noite, que só entra na casa dos outros se expressamente a convidarem para tanto, e que tem um apetite que precisa ser satisfeito.
Esqueçam o gore e os efeitos especiais cheios de hemoglobina... e redescubram o que é ser um jovem atormentado, e o que é ser uma velha jovem vampira.
Absolutamente a não perder.

4 comentários:

marisa m disse...

(ainda não vi este, mas) pois o que eu gosto nos filmes de vampiros e afins é a dimensão alegórica...

Anónimo disse...

Eu que não gosto de vampiradas e emoglobinas que não as sarcásticas fiquei estranhado pelo filme. No fim ainda não balançava. Agora recordo um estraordinário filme.Alfonso

Zex disse...

Vi o filme.
Tanta expectativa e apanhei uma gde dsilusão.
É aquela história velha de promover o cinema europeu médio e igualá-lo, à força, ao cinema americano...
Argumento interessante, mas muito parado e mal explorado, quanto a mim !
2 estrelas, no máximo !
Abraço

Urso Polar disse...

Comentário típico dum gajo que tem uma fotografia deplorável a identificá-lo.
É muito natural que quem vibra com os gajos de azul e branco seja insensível a tanto vermelho e branco.
Não é, Zex? :0))
Um grande abraço.