28.2.10
Inquilinos
Os sismos, as cheias e enxurradas, as grandes quedas de neve servem para nos lembrar que neste planeta somos apenas inquilinos.
22.2.10
O que quer que seja que funcione
A tradução portuguesa ficou em "Tudo pode dar certo". Mas o título do último filme de Woody Allen encerra antes a ideia de que não importa a solução, desde que funcione, por isso há que aceitar aquela que individualmente seja acertada. Cada um deverá saber como é que a vida funcionará melhor para si.
Todos os anos digo aqui a mesma coisa: um filme de Woddy Allen é sempre um bom filme. Este não falha e, promovendo o regresso a Nova Iorque, cidade fabulosa para as histórias de Allen, traz-nos uma vez mais personagens que dizem aquilo que tantas vezes pensamos.
A desilusão por tudo o que diariamente vemos e vivemos, capaz de amargar qualquer um, mas ao mesmo tempo, a esperança, os bons sentimentos, a irracionalidade que podem fazer com que a vida valha a pena viver são o cerne da narrativa.
O humor conduz o espectador por pensamentos ontológicos, teológicos e o resultado é muito bom. Saímos da sala à espera do próximo filme, já em pós-produção e que, para não variar, abrirá o ano que vem. E com uma esmagadora vontade de regressar a NY.
Para Woody Allen, mais uma vez, cinco estrelas.
20.2.10
Vidro novo para a fotografia
Acordei com um sol forte e animador. Estava já todo entusiasmado com a hipotese de ir testar a minha nova EF 24-105mm f:4L USM, quando de repente a luz que entra pela janela encolheu. Olho agora e vejo nuvens a querer estragar o dia. Terá sido sol de pouca dura?
15.2.10
Brincadeiras de Carnaval
Quando era miúdo, o terror do Carnaval eram os ovos atirados na rua. As crianças mais novas eram as vítimas preferenciais. Felizmente, nunca fui vítima, mas andei por entre as gotas da chuva, escapando aos raides que atacavam sem escrúpulos e de forma impune a malta que saía da escola.
Já na adolescência lancei o meu primeiro ovo, numa tarde em que dividi a quatro uma dúzia comprada sob um manto de ilegalidade.
Pois bem..., entre amigos esse meu "primeiro ovo" ainda é contado com gargalhadas.
Imaginem quatro fedelhos adolescentes, com treze anos. Cada um com três preciosos ovos nos bolsos, procurando vítimas. Porém, como a vontade de confronto era pouca ou nenhuma, ser apanhado estava fora de questão e o tempo era muito, fartámo-nos de andar entre a Parede e arredores na busca dos alvos perfeitos.
O primeiro que encontrámos foi uma janela aberta, num 2.º ou 3.º andar de um prédio pouco mais alto do que isso. Eu fui o primeiro lançador... e o ovo subiu, subiu, subiu, e passou por cima do telhado, falhando, por muito a janela alvo. Depois de riso até às lágrimas, lá outro compincha acertou na presiana da janela sujando a casa da pobre vítima.
Não recordo o lançamento do segundo ovo. Deve ter sido tão falhado que nem guardo na memória tal momento. O terceiro, esse sim, lembro-me que acompanhou outros lançados pelos meus amigos num ataque concertado a um autocarro de campanha do Freitas de Amaral para a Presidência da República. Foi um lançamento forte, certeiro, e com sucesso marcamos aquele autocarro que para nós representava o mal da Direita, o que quer que isso fosse...
10.2.10
9.2.10
Novidade fúngica
Andam por aí uns fungos meus amigos, lançados nesta coisa dos blogs. São eles os Cogumelos Silvestres, e podem lê-los carregando na ligação.
Agora estão com vontade de se tornarem assíduos "postadores".
Bem-vindos.
Que mal te fizeram as cabras, pá?
"The men who stare at goats", em português "Os homens que matam cabras só com o olhar" é um filme ligeiro e bem disposto que deixa um travo de insatisfação quando termina.
Quando se vê o "trailer" ficamos mais empolgados. Mas ao chegar ao fim, sentimos que nem todas as promessas foram cumpridas. É certo que rimos com as palermices, com as referências aos outros filmes (como a insistente qualificação de Ewan McGregor como um Jedi), mas, com o elenco que tem, as expectativas eram mais elevadas.
Talvez fosse isso: tinha demasiadas expectativas. Mas quando se vai ao cinema tão espaçadamente estamos sempre à espera de ter escolhido os filmes que valem mesmo a pena e se destacam pela sua originalidade.
A história, contada por McGregor na pele de um jornalista regional, relata-nos uma iniciativa do exército norte-americano para criar e aproveitar soldados com poderes psíquicos. Essa iniciativa nasceu nos anos 60 imbuída do espírito de prevenir o evento guerra, almejando a paz mas, nos anos 90 e seguintes , como tudo o mais, foi convertida em projectos mais "negros".
A alegoria traduz a postura da sociedade americana perante a guerra nos últimos 50 anos. Diz-nos um aviso no início da projecção que factos reais estiveram na base da ficção. Não me admirava nada.
Assim, este filme merece sólidas três estrelas. Se for de ânimo leve e sem grandes pretensões pode ser que saia agradavelmente surpreendido.
6.2.10
Irresponsabilidade
Hoje vou almoçar ao Porto. Vou num Alfa e venho noutro. A viagem tem cerca de duas horas e meia e, em 2.ª classe, custa € 28,50 para cada lado.
Se houvesse TGV, e retirasse 30 a 45 minutos ao percurso, acham que eu pagaria o dobro para ir ao Porto?
Não, claro que não.
O Alfa chega perfeitamente. E melhor chegaria se uma ínfima parte do que pretendem gastar com o TGV fosse aplicado para assegurar aos Alfa a possibilidade de percorrer a linha sempre à sua velocidade máxima.
Apesar de evidente, insiste-se em promover uma inútil obra com custos monumentais, quando o tema de discussão é o risco de sobreendividamento do Estado e a sua bancarrota.
3.2.10
Aceitam-se apostas
Está aberta a caça ao Óscar:
Nomeados nas principais categorias
Melhor Filme
“Avatar”, de James Cameron
"Up - Altamente", de Pete Docter, Bob Peterson
"Nas Nuvens", de Jason Reitman
“Estado de Guerra”, de Kathryn Bigelow
"Precious – Based on the Novel "Push" by Sapphire", de Lee Daniels
"District 9", de de Neill Blomkamp
"An Education", de Lone Scherfig
"Um Homem Sério", de Joel e Ethan Coen
"The Blind Side", de John Lee Hancock
"Sacanas sem Lei", de Quentin Tarantino
Melhor Realizador
James Cameron, "Avatar"
Kathryn Bigelow,"Estado de Guerra"
Quentin Tarantino, "Sacanas sem Lei"
Lee Daniels, "Precious"
Jason Reitman, "Nas Nuvens"
Melhor Actor
Jeff Bridges, "Crazy Heart"
George Clooney, "Nas Nuvens"
Colin Firth, "A Single Man"
Morgan Freeman, "Invictus"
Jeremy Renner, "Estado de Guerra"
Melhor Actriz
Meryl Streep, "Julie & Julia"
Gabourey Sidibe, "Precious"
Sandra Bullock, "The Blind Side"
Helen Mirren, "The Last Station"
Anne-Marie Duff, "The Last Station"
Melhor Actor Secundário
Matt Damon, "Invictus"
Woody Harrelson, "The Messenger"
Christopher Plumber, "The Last Station"
Christopher Waltz, "Sacanas sem Lei"
Stanley Tucci, "The Lovely Bones"
Melhor Actriz Secundária
Penélope Cruz, "Nove"
Vera Farmiga, "Nas Nuvens"
Maggie Gylenhaal, "Crazy Heart"
MoNique, "Precious"
Anna Kendrick, "Nas Nuvens"
Melhor Filme Estrangeiro
"The Milk Of Sorrow", de Claudia Llosa (Peru)
"O Laço Branco", de Michael Haneke (Alemanha)
"O Profeta", de Jacques Audiard (França)
“Ajami”, de Scandar Copti e Yaron Shani (Israel)
“El Secreto de Sus Ojos”, de Juan José Campanella (Argentina)
Melhor Filme de Animação
"Coraline", de Henry Selick
"O Fantástico Sr. Raposo", de Wes Anderson
"A Princesa e o Sapo", de John Musker e Ron Clements
“Up – Altamente!”, de Pete Docter
“The Secret of Kells”, de Tomm Moore
Melhor Argumento Original
“Estado de Guerra”, de Mark Boal
“Sacanas Sem Lei”, de Quentin Tarantino
“The Messenger”, de Alessandro Camon e Oren Moverman
“Um Homem Sério”, de Joel e Ethan Coen
“Up- Altamente!”, de Bob Peterson, Pete Docter e Tom McCarthy
Melhor Argumento Adaptado
“Distrito 9”, Neill Blomkamp e Terri Tatchell
“An Education”, de Nick Hornby
“Em Ingles, S.F.F.”, de Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Iannucci, Tony Roche
“Precious: Based on the Novel ‘Push’ by Sapphire”, de Geoffrey Fletcher
“Nas Nuvens”, de Jason Reitman e Sheldon Turner
Melhor Banda Sonora Original
“Avatar”, de James Horner
“O Fantástico Sr. Raposo”, de Alexandre Desplat
“Estado de Guerra”, de Marco Beltrami e Buck Sanders
“Sherlock Holmes”, de Hans Zimmer
“Up – Altamente!”, Michael Giacchino
Melhor Canção Original
“Almost There” (“A Princesa e o Sapo”, de Randy Newman)
“Down in New Orleans” (“A Princesa e o Sapo”, de Randy Newman)
“Loin de Paname” (“Paris 36” de Reinhardt Wagner e Frank Thomas)
“Take It All” (“Nove”, de Maury Yeston)
“The Weary Kind (“ Crazy Heart”, de Ryan Bingham e T Bone Burnett
1.2.10
Número redondo
Este fim-de-semana o "Urso Polar" alcançou a redonda contagem de 40.000 visitas.
Já tem a bonita idade de 6 anos e 3 meses o que implica que muito investi nestas páginas. E se já houve momentos nos quais pensei seriamente deixar-me disto, a verdade é que a maior parte do tempo não consigo passar sem este espaço para partilhar ideias e experiências.
Obrigado por continuarem a visitar-me aqui.
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