A tradução portuguesa ficou em "Tudo pode dar certo". Mas o título do último filme de Woody Allen encerra antes a ideia de que não importa a solução, desde que funcione, por isso há que aceitar aquela que individualmente seja acertada. Cada um deverá saber como é que a vida funcionará melhor para si.
Todos os anos digo aqui a mesma coisa: um filme de Woddy Allen é sempre um bom filme. Este não falha e, promovendo o regresso a Nova Iorque, cidade fabulosa para as histórias de Allen, traz-nos uma vez mais personagens que dizem aquilo que tantas vezes pensamos.
A desilusão por tudo o que diariamente vemos e vivemos, capaz de amargar qualquer um, mas ao mesmo tempo, a esperança, os bons sentimentos, a irracionalidade que podem fazer com que a vida valha a pena viver são o cerne da narrativa.
O humor conduz o espectador por pensamentos ontológicos, teológicos e o resultado é muito bom. Saímos da sala à espera do próximo filme, já em pós-produção e que, para não variar, abrirá o ano que vem. E com uma esmagadora vontade de regressar a NY.
Para Woody Allen, mais uma vez, cinco estrelas.
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