31.5.10

Um tri-tri-tri-trinaranjus de li-li-li-limão


Quando era miúdo a Coca-Cola e a 7UP não dominavam. Não. Aliás, nem se viam...


Nas festas de anos, em cima das mesas, imperavam as garrafas de Sumol ou Fruto Real, uma ou outra de gasosa e aquele que era, segundo os pais, o sumo "bom", porque não tinha gás: o Trinaranjus.

Lembrei-me disto porque por todo o lado se vê a nova campanha da marca e dela ressalta a mensagem na garrafa avisando que tem "14% de sumo".
Os tempos são, efectivamente, outros. Em plena década de 70, o açucar era parte integrante da nossa alimentação (punhamos açucar em tudo, e em grande quantidade) e ninguém se aborrecia por qualquer refrigerante ser extremamente doce. E os "gordos" eram mesmo uma minoria".
Voltando às festas de anos, recordo que o Trinaranjus só era bebido quando acabavam os que tinham gás. Se não tinha gás, não tinha gozo.
E anos mais tarde, quando comecei a sair à noite e o vodka-limão era a minha bebida de eleição, era o Trinaranjus de limão que nos bares e discotecas era posto no copo juntamente com o vodka (até eu passar a dizer que queria o vodka só com o sumo de um limão).
Hoje olho para a campanha da marca e não consigo imaginar-me a comprar Trinaranjus. O produto não me diz nada.
"Estava a go-go-go-gozar co-co-co-comigo?
Nãããã... estava a go-go-go-gozar co-co-co-com ele."

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