Na quinta feira fui ao estrondoso concerto dos Ena Pá 2000 no reaberto Ritz Club.
A banda está igual a si mesma, e ouvi-los fez-me retornar 20 anos no tempo. Senti-me como quando estava na faculdade, tempos em que, volta e meia, lá os apanhava numa qualquer festividade.
As guitarras ainda rasgam sem misericórdia (grande Phil Mendrix, aos 63 anos, melhor que o vinho do Porto; grande Gimba, o peso extra não te atrasa os dedos). O Manuel João continua o entertainer de sempre. As meninas executam coreografias incrivelmente teatrais, entre o ensaiado e o espontâneo. O público canta, grita, dança, aplaude e vai atrás contagiado pela energia em palco.
Desta vez houve convidados: Tim, Vitorino (excelente quando regressou para um improviso), Rui Pregal da Cunha, J.P.Simões e um inenarrável e patético Jorge Palma, bêbado, incapaz de articular letras, afinar o tom ou entrar em tempo. E claro, Romina, que mostrou muito do que tem de melhor. Sim, muito, mas não tudo, pois os strip-teases não foram integrais.
A conclusão é boa. Os Ena Pá 2000 estão para as curvas, apesar da idade; o Ritz rejuvenesceu e está um espaço muito, muito simpático para ir beber um copo ou ver um concerto. Tive pena de não ter ido lá a semana passada ver os Linda Martini, mas desconfio que voltarão em breve.
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