Ontem fui ver o último filme de Quentin Tarantino.
Caramba!, o homem sabe mesmo para que serve o cinema, e o que fazer com ele. Duas horas e meia de projecção que passam num instante, cheias de entretenimento, filmadas com criatividade, rigor, dando forma a um guião brilhante, cheio de deliciosos pormenores, nomeadamente nos diálogos, nas pausas, no ritmo e em todas as citações cinematográficas apelando aos nossos conhecimentos, especialmente dos clássicos.
"Inglourious Basterds" (em português, numa feliz tradução, "Sacanas sem Lei") é mais um daqueles filmes que fica na história, como ficaram "Cães Danados", "Pulp Fiction" ou "Kill Bill", com linhas de texto perfeitas para novas citações. A colagem do western spaghetti ao género de guerra focado na 2.ª Guerra Mundial é fantástico e revela o cuidado do autor com os detalhes, os pequenos pormenores.
Pouco se pode dizer do filme sem estragar o seu visionamento, pois Tarantino prende-nos ao desenrolar da história (mais uma vez contada por capítulos) navegando entre o previsível e o imprevisível, sempre sem nos deixar seguros do caminho que irá trilhar. Assim, apenas vou insistir numa tecla: vão ver o filme.
Cinco estrelas é capaz de ser pouco...
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