3.9.09

Recomendação literária

Esperei pelo regresso de férias para comprar este livro. Apesar do seu robusto tamanho não durou mais de três dias. Lê-se de um fôlego este policial sueco que foge àquilo que habitualmente encontramos no género.
O autor, Stieg Larsson, um dia entregou os manuscritos dos três livros publicados com o seu nome. Foram, e são, um sucesso. Infelizmente, morreu entretanto, e não haverá continuação para a saga.
Numa altura em que por toda a Europa se vêem os seus livros lançados e publicitados, também por cá me despertou a atenção (especialmente depois de ler uma crítica no Y). Ainda assim, temi que fosse outro "dan brown", sobrevalorizado. Mas não. A sua escrita escorreita e pouco fantasiosa, cria uma complexa história que se desenrola sem sobressaltos, piruetas ou vazios, deixando-nos presos a adivinhar o fim, mas sempre com os pés assentes na terra. Nenhum dos personagens é um "super-herói" à americana, pronto para ser interpretado pelas vedetas do cinema, daqueles que por mais que levem nunca caem. Não. Aqui os personagens são bem construídos e muito verosímeis.
Passando-se a acção na Suécia, entre suecos, não resisto a transcrever uma frase, apenas para salientar quão diferente é a vida naquelas paragens:
"Então, o tempo mudou e a temperatura subiu gradualmente até uns amenos dez graus negativos."
Amenos. Pois...

1 comentário:

Ideiafix disse...

Rapaz … não há como avançar para “A rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo” e, 3 dias depois (se conseguires arrastar a leitura por tanto tempo apesar das 611 páginas!), saltar para “A rainha no palácio das correntes de ar”.

Depois disso, o vazio. O Stieg morreu e deixou por aí muita gente a salivar sobre o que aconteceria nos volumes seguintes da saga que prometeu escrever. Paz à sua alma já que a nossa fica aqui inquieta.

Gostei de saber que as férias foram fantásticas! Espero que Sevilha te tenha inspirado para mais uns milhares de fotos!

Ideiafix
www.serra-mar.blogspot.com