O meu fim-de-semana passa por aqui. Com Kenji Tokitsu, mestre de artes marciais, vou aprender mais sobre tai chi, chi kung, yi-chuan e dança da energia. Ontem foi o pontapé de saída.
31.10.09
26.10.09
Finalmente, o desfecho
A série "Battlestar Galactica", na versão do terceiro milénio, navegou por águas extraordinárias, muito para além daquele mundo de cowboys transposto para o espaço que foi a versão dos anos oitenta. Desta vez, toda a série abordou questões de fundo, como a coexistência das espécies, a relação do homem com a máquina, a natureza humana, a existência de Deus e o sentido da vida, questões que são o sumo da boa ficção científica.
Foi agora lançada em DVD a última parte da série, com os últimos onze episódios que rematam a demanda de uma civilização em fuga à extinção.
E vale mesmo a pena.
Num acto de loucura comecei a ver estes onze episódios pelas seis da tarde de sexta-feira e acabei às três e meia da manhã com a série toda "papada". Em regime de overdose fui desbravando caminho até ao fim para ficar muito satisfeito com o resultado. Há que saber quando parara, quanto explorar, quanto desenvolver um tema. "Battlestar Galactica" soube fazê-lo.
Só gostava de saber porque não há nenhum canal a pegar nela para a passar no cabo. Será assim tão cara?
Quem quer ser "outro"?
Esta semana estreia o filme "Surrogates" que me despertou a curiosidade desde que vi o primeiro trailer através do Mac. Entretanto, deitei a mão à graphic novel que está na sua origem, bem como à respectiva "prequela" que estão muito bem escritas e desenhadas. Vale a pena espreitar.
Logo que tenha visto o filme direi mais qualquer coisa sobre este incrível mundo em que se pode ter uma máquina para viver a nossa vida. Curiosa permissa, esta.
19.10.09
Bem pensado
É talvez o maior título para um livro dos que tenho cá em casa. É mais um daqueles que ultrapassa as 600 páginas. E que se lê rapidinho, tal a forma como nos agarra e como queremos saber mais da história. Ainda gostei mais deste que do primeiro romance da série "millenium" de Stieg Larsson.
Não fui ver o filme feito com base no primeiro livro... e nem sei se ainda está em exibição por aqui perto. Provavelmente terei que esperar por ele no ZON videoclube. Mas desde já aviso, vou começar a ler o terceiro capítulo da saga, que apenas é o último porque o autor morreu antes de tempo (dizem que já tinha ideias para os dez primeiros livros).
9.10.09
Lisboa
Em Lisboa, não tenho dúvidas. António Costa merece continuar por mais quatro anos como presidente da câmara para mostrar se o que fez nos últimos dois anos é tão estrutural quanto parece. Equilíbrio orçamental, e opções com os pés na terra e de verdadeira simplicidade (redesenhar os corredores BUS, sem interrupções foi tão fácil e eficaz que custa perceber porque demorou tanto até que alguém o fizesse). Falta apenas convencer as pessoas a não trazer a porcaria do carro para Lisboa, pois as intermináveis filas e congestionamentos no interior da cidade dependem claramente de uma mudança de mentalidade dos cidadãos que vai para além da presidência de um município. Veja-se o exemplo em qualquer cidade capital da Europa...
O que não é possível tolerar é o regresso de Santana Lopes e das suas propostas assustadoras. Mais túneis? Quanto mais se "facilitar" o trânsito dentro da cidade mais gente quererá trazer o carro para o seu miolo e mais complicado ficará o trânsito. É assim tão difícil de perceber a lógica desta espiral? Sempre foi assim, e nada alterará essa realidade. Lisboa não precisa de mais túneis, precisa de mais e melhores transportes públicos. E mais eficazes restrições à circulação e estacionamento do veículo privado, obrigando as pessoas a deixá-lo em zonas mais periféricas recorrendo amiúde ao autocarro e ao metro para então entraar nas zonas centrais da capital.
E não falemos de outras aberrações como aquela de instalar a Feira Popular (qual? onde é que ainda há uma feira popular?) nos terrenos que, após muitas negociações, deverão acolher o IPO, evitando que o principal hospital de luta contra o cancro se desloque para o município de Oeiras).
Até agora tenho evitado fazer apelos ao voto. Mas desta vez, a urgência é tanta que não resisto: votem na candidatura de António Costa. Mesmo que vos dê azia votar no PS (eu percebo, mas recordem que não estão a votar no Sócrates...). Mas por favor, não desperdicem Lisboa nas mãos de Santana Lopes.
A morte de Bunny Munro
Nick Cave escreveu mais um romance, desta feita "A Morte de Bunny Munro", recentemente editado entre nós.
Sem dúvida que o mundo desabou à volta do personagem com nome de coelho, e as situações, muitas verdadeiramente escatológicas, sucedem-se numa evidente espiral de perdição, alimentando uma mórbida curiosidade à medida que avançamos para o fim da obra. Cave navega com mão segura, mas sem a chama do brilhantismo que evidenciou no antigo "And the Ass Saw the Angel" (E o Burro Viu o Anjo).
Li "A Morte de Bunny Munro" num ápice, e aconselho a sua leitura, mas seguramente não o coloco entre as obras de referência.
Vício
A guerra é um martírio. Quem a vive, sofre.
E apesar desse sofrimento, quem a combate nela pode ficar viciado.
No fundo, é aquela situação clássica de que, sempre que lá estão os soldados contam os dias para o fim da comissão. Mas depois do regresso, sabendo que os camaradas continuam por lá, que a guerra continua por lá, o desejo de voltar pode ser pior que uma ressaca.
Em "Estado de Guerra - The Hurt Locker", a realização de Kathryn Bigelow é exemplar e transforma uma história poderosa num filme de guerra que foge dos moldes habituais para se tornar numa relevante peça de reflexão.
A interpretação intensa exibe o medo, a coragem e a loucura de um cenário de guerra atípico como é o Iraque. E no fim, não conseguimos deixar de pensar na finalidade de tamanha insanidade.
Nota quatro para um filme que merece ser visto num grande écran. Como não consegui escolher entre os dois cartazes, decidi reproduzir ambos.
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