No último dia de exibição fui ao teatro São Luiz ver "O que se leva desta vida". Não posso recomendá-la porque já não está em cena. Mas naquela cozinha em palco discute-se a essência da comida e a essência da vida, das relações, das motivações. A química de Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues elevou o nível da peça. Valeu bem a pena. E no fim, em vez de comer um prego, fui à carne da Brasserie de l'Entrecôte. Boa!
29.11.09
28.11.09
Ao lado
Desta Vez Saramago espalhou-se. "Caim" é um livro sem chama, sem génio. Com o artifício de pôr Caim a percorrer alguns dos episódios mais conhecidos do Velho Testamento para apontar o dedo às evidentes contradições do texto, o autor não consegue criar nada de novo, de surpreendente, como o fez no passado.
Quando muitos vieram deitar abaixo o livro do Saramago por causa da "ofensa" religiosa eu pensei que teríamos ali outro "evangelho segundo Jesus Cristo". Errado. Teria sido mais fácil vir dizer que o laureado com o prémio Nobel escreveu um mau livro do ponto de vista literário.
É pena.
27.11.09
Não há duas sem três
Nem melhor nem pior que os outros, é mesmo a continuação do segundo volume da série Millennium. Ou seja, depois de ler o segundo, tem mesmo que se ler o terceiro.
O autor continua exaustivo nos pormenores e eficaz na acção, deixando-nos a querer saber como tudo vai acabar.
Acaba de vez porque, como já o disse, Stieg Larsson morreu, ficando por continuar a saga que previra para pelo menos dez volumes.
26.11.09
Afinal...
Não obstante o meu desânimo no final da 9.ª Corrida Fotográfica de Portimão, fui hoje contactado pela organização com a notícia de que ganhei o terceiro prémio na categoria digital.
Surpreendido fiquei com tamanho feito, pois recordo que achei fraquitas as imagens que guardei ao longo do dia.
Quando chegar a casa vou recuperá-las e, logo que tenha tempo para tanto, colocá-las aqui para que possam ver e apreciar por vós.
Quem quiser olhá-las em tamanho grande, ao vivo, basta ir ao Museu Municipal de Portimão a partir das 18h00 do dia 12.12. Lá estarei para a entrega dos prémios.
Já a nossa amiga Marisa, que partilhou o dia de fotografia, terá ganho um prémio especial. Porquê? Porque com uma câmara digital, que tira fotografias a cor como toda a gente sabe, decidiu fazer um "rolo" a preto e branco, surpreendendo tudo e todos, juri incluído. Eu, que já vi as fotografias, posso dizer que estão bem giras!
17.11.09
Estou na Lua
Gostam de ficção científica? Daquela que é feita de uma boa ideia e que sobrevive sem efeitos especiais? Daquela que durante anos alimentou a "Twilight Zone"? Então, só podem gostar deste filme.
Se os cenários exteriores fazem lembrar o "Espaço 1999", os interiores o "Solaris" e o computador o "2001 - Odisseia no Espaço", isso não são acasos. São referências. Boas referências.
Um homem, um homem apenas, gere a base lunar responsável pela recolha da energia limpa que alimenta a Terra. A sua comissão de três anos está a chegar ao fim. Já evidencia sinais de desgaste, físico, psicológico, emocional. A relação com o planeta Terra faz-se através de mensagens gravadas, pois não há comunicações em tempo real. O discurso directo fica reservado aos diálogos com computador que existe apenas para o ajudar.
O que poderá acontecer?
Das mil e uma possibilidades Duncan Jones (que assina a realização e o argumento original) escolhe apenas uma. E com ela cria um belo filme no qual a estrela dominante é Sam Rockwel, que consegue sustentar um laço que nos vai unir ao personagem durante pouco mais de hora e meia.
A ver, com quatro estrelas seguras.
7.11.09
6.11.09
Alguém tem por aí umas horas que possa dispensar?
Depois de um fim-de-semana inesquecível, por aquilo que me ensinou quanto às minhas capacidades físicas, e por ter somado mais um aniversário, porque não, esta semana passou a correr. Sem dar por isso estamos novamente na sexta-feira e o novo fim-de-semana parece curto para tudo o que quero fazer.
Ontem, na FNAC, perdi a cabeça e comprei inúmeros livros. Não sei quando os vou conseguir ler todos. Entre livros, filmes em DVD e séries que se acumulam sem ser vistos, filmes que passam pelas salas de cinema sem que consiga ir vê-los, tinha que fazer todos os dias sem descanso. Juntem-se as fotografias por revelar e ampliar, as outras, as digitais, para arrumar, tratar e apresentar, as ideias para escrever que nunca mais chegam ao papel, e ficamos sem saber onde encaixar as horas diárias de trabalho, que se exigem para poder pagar todas as contas. Horas de trabalho que, muitas das vezes, levam a que, chegado a casa, só me apeteça vegetar frente à pantalha olhando programas de entretenimento sem conteúdo que exija pensar e que se esgotam logo após o visionamento.
Há dias assim.
Como diz um personagem do filme "Tão longe, tão perto", de Wim Wenders, "O tempo será teu senhor se te deixares ser servo".
Actualmente o sacana do tempo vai mandando. Ainda não arranjaram dias com 36 horas...
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