"(...) As prendas de Natal não cabiam em três salas. Era sempre a mesma coisa, mas, para mim,era absolutamente indiferente quem me estava a dar a prenda. (...) Nunca comprei uma caneta ou um relógio, mas nunca me senti minorado na minha honestidade por causa disso." As declarações são de Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, que ontem fez questão de comparecer pessoalmente no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa para defender o amigo José Penedos. (...)
(Tânia Laranjo, Correio da Manhã, 25.01.2011)
Palavras para quê. Um almoço nunca é de graça e quem dá uma prenda a uma autoridade, ao titular de um cargo público, a um decisor, sem com ele ter uma relação pessoal, obviamente quer "cair em graça". Ou seja, está à espera de um "favorzinho" quando chegar o momento certo.
Qual é a diferença para os dragões de loiça, os apitos de ouro ou a "fruta" do futebol?
A diferença é que o futebol é um desporto, um negócio privado com repercussão pública, enquanto que a Presidência da República é uma questão de Estado.
Sampaio... desta vez desiludiste-me a sério.
Quem se lembra de um filme antigo, com o Kevin Costner, em que o Departamento de Estado Americano regista todas as ofertas feitas? Seria interessante que Jorge Sampaio tivesse promovido tal registo. Pelo menos saberíamos quem foi que ofereceu os relógios e as canetas que ele usa mesmo sem saber a origem. Chama-se a isso declaração de interesses...
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