Um livro de viagens, à antiga.
Tinha eu nascido havia pouco quando Paul Theroux embarcou num comboio em Boston com destino à Patagónia.
Cruzou rapidamente os Estados Unidos, entrou num México de outras eras e passou para uma América Central onde se brincava às ditaduras, aos regimes, aos governos que mais não eram que peças de xadrez de uma realidade mundial que pouco se preocupava com as pessoas.
O autor navega pelos carris conhecendo gente, histórias e dando-nos um retrato que, agora, é um belo pedaço de História.
São descrições de gentes e lugares que nos fazem pensar em partir e viajar, pois há tanto mundo para conhecer, mesmo nestes tempos de loucuras radicais.
Esta é uma viagem que apenas o comboio permitiria. O avião, o automóvel, afastam o viajante do mundo. Levam-no de A a B sem que se aperceba do que fica pelo meio. Paul Theroux fez questão de viajar sozinho e passando pelo mundo real, e não apenas pelo espelho mascarado das capitais.
Gostei de viajar com ele.
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