21.7.07

À prova de morte



Death Proof é o último trabalho de Quentin Tarantino, e apenas me apetece dizer que é um verdadeiro filme de autor, daquele autor. Que não engana ninguém, e está ao melhor nível do realizador que nos habituou a cenas gore, sanguinárias, e a diálogos frescos e brilhantes de tão naturais pelas questões "filosóficas" que levantam, tão perto das conversas da treta do dia-a-dia.
O filme utiliza de forma fantástica truques para parecer uma produção manhosa dos anos 70, com riscos, cortes, saltos, um verdadeiro hino à montagem, pois é preciso ser bom para reproduzir tantas "asneiras técnicas".
As interpretações são boas, muito boas, e o vilão é brilhantemente desempenhado por Kurt Russel, que tantos maus personagens já nos ofereceu.
Tarantino cita-se ao longo do filme, seja pela cor de um Mustang, a lembrar Uma Thurman, seja pelo toque de telemóvel a lembrar o mesmo Kill Bill. E seguramente citará muitos outros filmes que desconheço por não fazer parte da geração que viu em adolescente aquelas produções que esta agora celebra.
Quem gostou das outras longas-metragens de Tarantino terá que gostar desta. E seguramente se divertirá, como eu me diverti, encarando com grande satisfação as palavras The End.

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