14.4.08

Ausências e fotografia digital

Uma semana sem escrever no blog, não estando de férias, só pode dizer uma de três coisas: falta de tempo; falta de tema; ou falta de interesse.
Felizmente, tempo até tenho tido. Já tema... ultimamente poucas coisas têm cativado a minha atenção ao ponto de me trazer aqui a escrever sobre elas. No fundo é isso, falta de interesse. Que diacho, a rotina corriqueira da nossa política (nacional e internacional), a monotonia da notícia diária, a modorra da vida de quem trabalha não propiciam posts que justifiquem a vossa atenção. Nem sequer umas idas ao cinema têm acontecido para disfarçar o meu silêncio, com um comentário em jeito de crítica.
Ocupar os tempos livres com os amigos é bom, mas o conteúdo desses momentos fica fora do âmbito destas páginas. A menos que, à semelhança do passado, volte a fazer umas fotografias de pratos e copos vazios (ao contrário de quem mostra o antes, arrumadinho, colorido, eu prefiro exibir o depois, o descalabro, o caos).
Em todo o caso, posso tecer aqui algumas considerações quanto ao Curso de Fotografia Digital minstrado pelo Instituto Português de Fotografia e que terminei este sábado (sim, vou poder voltar a dormir um pouco mais aos sábados pela manhã). Durante 44 horas aprendi os rudimentos do Photoshop, do tratamento digital de imagens, desde o elementar como a criação de um método de arquivo e backup dos ficheiros de imagens, ao seu processamento com correcções estruturais, correcções de tom e cor, e retoque. Com uma "cheirinho" do Photoshop avançado, com tratamento e composição por camadas (layers) o curso é bastante completo e abrangente, acessível mesmo a quem tenha poucos conhecimentos sobre a matéria. Exige é um pouco de prática entre lições que, infelizmente, não consegui manter satisfatoriamente. Assim, agora que ando a coordenar todos os apontamentos que tirei ao longo destas onze semanas (aulas de 4 horas) é que irei experimentando, consolidando os conhecimentos obtidos, e dessa forma espremer todo o sumo deste curso.
Seguramente afirmo que não tem o charme, a mística do laboratório para a fotografia a preto e branco, mas os resultados e os meios são um mundo que vai muito para além da química e da luz. E se em P/B argêntico tudo exige experimentação, seja de papeis, de químicos de películas, grande parte do digital passa-se no mundo de um monitor. Não tem o mesmo encanto. Mas os dois sistemas complementam-se, e tomara eu poder dedicar grande parte dos meus dias a esta arte.
Ouvi dizer que esta semana o Euromilhões chega aos € 58.000.000,00. Davam-me jeito.

3 comentários:

Ouriço-Cacheiro disse...

e a tocha olimpica? e a visita do cavaco à madeira? e os meninos maus da escola que têm telemóveis nas aulas? e os julgamentos mediaticos dos cabeças rapadas e das tia homicida? e as figurinhas do lfmenezes? e os tornados na lezíria? e o teletrabalho na função pública? e... já chega. Se ganhares podes oferecer-me uma viagem - tudo pago, um mês - para a Sardenha.é só.

Sandra disse...

Cá para mim ainda andas a sofrer do síndrome de regresso de férias... É tudo tão desinteressante! Não haverá para aí um muezim que nos acorde a todos às 5h30 da manhã?!

Urso Polar disse...

por aqui só o camião do lixo à meia-noite. não é tão musical.
ouriço, só um mês? por mim podes ficar lá mais empo.