Bem sei que tenho andado arredado daqui, e não há desculpa. Sinto que estou a atingir o ponto mais alto de cansaço e falta de inspiração para manter este blog e espero superá-lo a bem, ou seja, mantendo a loja aberta. Para além do mais, tenho andado ocupado com uma série de actividades pessoais que não me têm deixado tempo para pensar naquilo que aqui posso escrever.
Mas, passada esta introdução, entremos naquilo que me trouxe aqui hoje. Nick Cave and The Bad Seeds deram ontem um excelente concerto no Coliseu de Lisboa (repete hoje no Porto) para uma extensa plateia que encheu a sala.
Sem se conter no último disco, "Dig, Lazarus, dig", Cave navegou por toda a sua discografia, recriando temas antigos que toda a gente reconhecia com facilidade. Quando ao fim de mais de duas horas de concerto Cave dizia que estavam a esgotar-se as músicas, certamente quem assistia pensava em mais uma ou duas que gostaria de ouvir... mas isso é insuperável quando temos à nossa frente um grande compositor e intérprete com trinta anos de carreira.
Aos cinquenta anos, a voz de Nick Cave está impecável e aguenta sem esforço um concerto sempre a abrir. O seu corpo salta, contorce-se, dança o tempo todo, enquanto troca a guitarra pela pandeireta, pelas teclas ou se fica pelo microfone. A "más sementes" recriam-se com novos elementos e enchem o palco e a música com uma competência estruturante para o brilho da estrela da companhia.
Foi um concerto memorável.
(as fotos não são de ontem, mas roubadas algures da net)
1 comentário:
Reconheco que é grande mas confesso que mais de cinco músicas seguidas me distraem...e a temática da religião... enfim! Gostoa não se discutem.
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