6.8.08

Nova Iorque (1)

(fotografia por Urso Polar)

Estou de regresso das américas, onde durante uma semana explorei a cidade de Nova Iorque. Conforme alinhavei no reduzido post que antecede, encontrei uma cidade de excessos, onde tudo parece diferente mas rapidamente se torna familiar. 
A escala da cidade é diferente de Lisboa, albergando parques grandes, prédios enormes e icónicos arranha-céus. Reparte-se em zonas com características próprias, mas tem  uma identidade comum que resulta também das pessoas. Em Nova Iorque toda a gente tem lugar e ser diferente não causa estranheza. A integração de pessoas tão diferentes, seja pela sua origem, seja pelas suas opções estéticas ou postura na rua é verdadeiramente notável, especialmente se olharmos para Lisboa onde a diferença é olhada de lado e com suspeita.
As doses de comida são sempre grandes, as bebidas servidas em copos ou garrafas com quase meio litro, os carros mais pequenos, os utilitários, envergonham o vulgar quatro-portas das nossas estradas. Nas lojas encontramos muita vezes o caos porque a oferta é gigantesca, ao ponto de não sabermos como escolher. Entrar numa livraria como a Strand, no Macy's ou na Century XXI coloca-nos perante uma escandalosa oferta amontoada que desencoraja qualquer abordagem para encontrar um artigo. A menos que se vá à procura de um artigo específico.
Depois, há que referir que, hoje em dia, o euro é uma moeda forte face ao dólar e os preços traduzem excelentes oportunidades de mercado. Em regra, a maioria dos preços tem o mesmo número que aqui encontramos. Só que se reporta a dólares e não a euros, o que importa serem 40% mais baratos. 
Uma nota curiosa àcerca dos preços, prende-se com a não inclusão nos mesmos do respectivo imposto, que só é aditado aquando da conta, no momento de pagar. Ora, se isto causa alguma desorientação no início, depois revela-se como um excelente método para termos consciência de quanto pagamos de imposto ao comprar qualquer artigo.
Em suma, Nova Iorque é mesmo uma cidade de excessos, mas que nos acolhe com facilidade e basta ter uma mente receptiva para, rapidamente, nos entrosarmos no dia-a-dia da grande maçã.
Conforme for processando as fotografias que tirei, aqui deixarei alguns apontamentos mais sobre a cidade. Devagarinho... que ainda estou de férias.