(fotografias por Urso Polar)
O dia escolhido para ir ver o museu Dia:Beacon acordou farrusco e desabou em chuva. Com sorte, quando começou a cair, impiedosa, já estava ao abrigo de Grand Central Terminal onde apanhei o comboio que me levou até Beacon. Esta terra situa-se a duas horas de viagem, de comboio, por uma linha que sobe o rio Hudson e assegura incríveis paisagens para lavar os olhos da cidade que deixamos para trás. A via férrea passa pela prisão de Sing-Sing, e pela Academia de West Point (na outra margem), curiosos marcos para este viajante. Apesar da chuva na primeira parte da viagem, que deu outro ambiente, em Beacon estava sol, alegrando a curta caminhada até ao museu e enchendo os jardins de verde resplandecente.
Dentro do museu não pude fotografar. As obras, diga-se, são quase impossíveis de fotografar. Pela sua escala, pelo seu relevo, pelo seu encanto que apenas presencialmente se consegue alcançar. Destaco, para o meu gosto pessoal, o rigor matemático de Sol LeWitt, o abismo angustiante de Michael Heizer, a impressiva sugestão de Fred Sandback ou a esmagadora escala de Richard Serra.
Dia:Beacon foi o museu que mais apreciei nesta viagem a Nova Iorque. Fica a duas horas de viagem da cidade. Vale a pena. É praticamente obrigatório a este museu. Ainda não vi nada que se lhe compare. Para os mais curiosos, espreitem aqui.
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