25.2.09

A correr

Estou de volta, mas a correr de um lado para o outro e com muito trabalho.
Assim que tiver um tempinho venho aqui contar umas duas ou três coisas de Londres.

20.2.09

Apelo





Estarei de volta num instantinho

19.2.09

Aquilo que nasce torto...

A Portaria n.º 171/2009. D.R. n.º 33, Série I de 2009-02-17 criada pelo Ministério da Justiça estabelece a agregação de vários juízos do Tribunal de Comarca do Alentejo Litoral e do Tribunal de Comarca do Baixo Vouga.
Ou seja, anuncia-se a conhecida "reforma das NUT" como a forma de criar uma "nova unidade territorial" para melhor gerir os processos nos Tribunais, e depois, ainda antes da entrada em vigor do novo sistema desenhado com "brilhantismo" pelo poder político, começa a juntar-se tribunais (agora reduzidos à denominação de Juízos) o que implica que um Juiz fica a ocupar o lugar de dois, com o trabalho de dois.
Serei só eu a achar que toda esta reforma é mesmo uma estupidez pegada?

17.2.09

Trânsito

Uma das recentes alterações de trânsito em Lisboa, com o condicionamento da Praça do Comércio, ocorreu na Av. da Liberdade a qual ficou com apenas duas vias no sentido descendendente, uma delas reservada a corredor BUS. À primeira vista adivinhava-se congestionamento irreparável, mas o certo é que também mexeram nos semáforos. E foi alterada aquela dura realidade que castigava os automobilistas, que arrancavam de um semáforo que abria para outro já fechado, arrastando o tempo de descida da avenida, agora se assegurando a fluidez do trânsito. Estou para ver como isto funciona a outra hora que não às 7.30 da manhã, assim como sentir o resultado das três vias ascendentes, desde os Restauradores ao Marquês.
Logo ao fim do dia vou fazer o teste de sair da Baixa em direcção ao Parque das Nações.
Estas constatações mais não serão que uma avaliação prática do tema de discussão que no sábado passado inflamou opiniões entre amigos, divididos que estávamos ante a perspectiva destas obras serem a desculpa para, daqui a uns meses, nos dizerem: "afinal isto nem correu mal, pelo que esta solução provisória, meus amigos, passa a definitiva".
Eu sou assumidadmente céptico. Mas estou disposto a ser convencido do contrário.

13.2.09

Darwin

Quando muito se fala de Darwin, prefiro fazer uma outra abordagem: não percam este filme!
Aluguem-no no vídeoclube, ou comprem-no na Fnac, que é dos que está com um preço muito simpático.
Garanto-vos excelente diversão num filme cheio de caras conhecidas, exemplo de excelência do cinema independente americano.
Darwin gostaria da premissa: felizmente há pessoas que fazem coisas tão estúpidas que nos livram do seu dna, não deixando descendência...

10.2.09

Pornográfico

Scolari foi despedido porque é incompetente a treinar um clube de primeira linha com um plantel que custa uma grande fortuna.
Vai embora com uma indemnização de dezassete milhões de euros.
€ 17.000.000,00!
Mais alguém acha isto pornográfico?

8.2.09

De trás para a frente

Alertado pela crítica que se queixava da extensa duração deste filme (quase três horas) devo começar por dizer que nem dei pelo tempo passar. O relato da vida de um homem, ainda que fisicamente seja vivida de trás para a frente, demora a relatar, se queremos ser minimamente coerentes. E este "O Estranho Caso de Benjamin Button" é verdadeiramente coerente. Um argumento sólido e delicioso, repartindo-se entre a densidade de uma relação dividida pelo correr do tempo e apontamentos de humor breves mas adequados a aligeirar o curso do filme está na origem de tudo o resto. É uma obra que vive da realização imaginativa e com belos planos, de interpretações muito, mas mesmo muito, bem conseguidas, e efeitos especiais à medida desta fábula sobre o tempo, a vida, e as relações pessoais.
Grande candidato aos Óscares, acredito que saia de lá com uma batelada deles. É, sem dúvida, um filme de 5 estrelas.

6.2.09

Saramago

O último livro de Saramago lê-se de um fôlego. Nunca a sua escrita me pareceu tão leve. Talvez porque escrita contra o tempo, numa  altura em que lutava pela vida, a história transporta um peso de inevitabilidade descrita com ligeireza.
Não é, de longe, um dos melhores livros do autor. É, provavelmente, o mais acessível, porque tem as personagens menos densas que já escreveu, e não guarda mistérios.
Recomenda-se.

4.2.09

Na minha zona



"O encerramento da 31.ª esquadra da PSP, no Rego, em Lisboa, que ontem cumpriu o seu último dia de serviço, vai afectar, em termos de segurança, não só os 15 mil moradores da freguesia de Nossa Senhora de Fátima, mas também os dez mil de São Sebastião da Pedreira, onde os assaltos "não param de aumentar", (...) "Tudo começou em Agosto de 2008, com o fecho da 17ª esquadra, da Avenida João Crisóstomo. Ficámos desasados e passámos a depender da esquadra do Palácio da Justiça. Para aquela esquadra também passa agora a depender a população da freguesia de Nossa Senhora de Fátima, que era servida pela esquadra do Rego"- notícia do DN.


Tinha uma esquadra ali pertinho de casa. Fechou em Agosto. Agora, a outra esquadra da freguesia encerrou as portas. Concentram-se os meios numa esquadra afastada da população. À volta do Palácio de Justiça, à Marquês de Fronteira, não vive ninguém. Tirando os Tribunais e a prisão, nada há ali. Fica por lá a esquadra.

Em contrapartida, no coração das Avenidas Novas, é raro ver um polícia. Do outro lado da linha do comboio, onde muita gente vive, também deixa de haver esquadra de polícia. Custa a perceber a lógica da concentração de meios, quando nesta matéria gostamos de ver o policiamento de proximidade.

Ando muito pelas Avenidas Novas a pé, quantas vezes de noite, e perdi o conforto de saber que a polícia estava ali perto. Hoje, é raro ver um polícia, tirando o que está à porta da casa do ministro das finanças e do ministério da educação. Os carros-patrulha não se vêem tanto assim. Os agentes das brigadas à civil concentram-se em áreas mais problemáticas.

O certo é que, vou tendo conhecimento da quantidade de roubos que por ali ocorrem na rua, não só de noite mas também à luz do dia. Histórias de furtos nas casas também vão proliferando. Deixar o automóvel na rua é cada vez mais um acto de fé. E devido aos preços cobrados pelas casas, a regeneração da população é lenta, notando-se o envelhecimento de quem por ali vive.

Custa-me ver esta política de afastamento das esquadras de polícia, concentrando-se os meios num só local, tão longe.

Permitam-me, pois, duvidar da eficácia desta opção política.

3.2.09

Sondagens?

Comecei o dia ouvindo as "notícias" da Antena 1. Entre aspas porque os primeiros 5 minutos tiveram tudo menos notícias.
Contado por uma pessoa conhecida que frequentava a Faculdade de Direito de Lisboa nos agitados anos de 1974/1975, fiquei um dia a saber que naquela altura, após o saneamento da maior parte dos professores, e ávidos por democracia, alunos e docentes resolviam as hipóteses de Direito de braço no ar. Assim, perante uma situação de homícidio, e após discussão de opiniões, perguntava-se:"Então quem acha que é homicídio simples?" "E qualificado?", "E privilegiado?", à medida que os alunos iam votando de braço no ar para descobrir qual a resposta "certa".
Pois hoje o noticiário da Antena 1 fez-me recordar essa história, já que perdeu 5 minutos a debitar dados de uma "sondagem" da Universidade Católica sobre o caso Freeport, dizendo coisas como x% acham que Sócrates nada fez de errado, y% que tem que dar mais explicações, z% que isto é tudo perseguição...
Se a moda pega, poderemos acabar com esta chatice que é a investigação criminal e sua sujeição a julgamento, em Tribunal. E depois de uma discussão nos meios de comunicação, à medida de quem os controla, a malta vota e decide.
A mascarada da democracia começa a atingir picos de irracionalidade. Nunca estivemos tão longe da democracia nestes últimos 30 anos, apesar da aparência sofisticada que se pretende vender.

2.2.09

Filmes em casa

Ocupado como tenho andado, e com o miserável tempo que lá fora convida-nos a ficar por casa, tenho aproveitado para ver filmes em dvd, que são muitos os que tenho lá por casa ainda por abrir. Tanto mais que a FNAC me tem tentado diariamente com a sua selecção de preços mínimos. Numa altura em que ir ao cinema fica por 6 euros a cabeça, e que os filmes bons têm tendência para estrear ao mesmo tempo saindo de exibição num instante, é com prazer que vejo inúmeros títulos "perdidos" à venda por 5, 6 e 7 euros. E, assim de repente, vi-me com muitos filmes novos para ver em casa.
O cinema em casa tem a desvantagem de ser exibido numa pequena pantalha e o som não é o super-estéreo-digital-surround-activo-sei-lá-mais-o-quê que as salas de cinema hoje oferecem. Em contrapartida, não tem o gajo do lado a falar com a sua companhia, o tipo lá do fundo a atender o telemóvel, aquele além a receber e mandar sms, o mau cheiro daquele que azaradamente ficou por perto.
É uma perfeita alternativa, especialmente em dias sombrios, permitindo ver o filme acompanhado por uma quentinha chávena de chá e a paragem para ir à casa-de-banho no exacto momento em que ela faça falta.
Por outro lado, estão aí a rebentar no cabo as últimas temporadas das boas séries de televisão, convidando a ficar mais tempo frente à televisão ou a dar uso ao leitor de dvd com o seu disco rígido.
Agora... assim, como e quando vou ver a meia dúzia de filmes que está aí pelos cinemas e que merecem que se pague o bilhete?