16.1.12

Barco ao fundo (ou como a malta gosta é de dizer mal)

Em Itália, um barco de cruzeiro naufragou. Podia ter sido pior, mas a proximidade da costa reduziu o número de fatalidades. Ainda assim, foi um evento desgraçado.
Hoje, no noticiário da manhã, ouvi um português (há sempre um, desta vez até havia 11) a queixar-se porque a Embaixada Portuguesa nada fez.
Pergunto, na minha ignorância, se a Embaixada deveria ter feito alguma coisa. Pergunto se não deveria aquele português, primeiro que tudo, apelar à organização do cruzeiro, à respectiva seguradora, à sua agência de viagens, e sua seguradora, esses sim com obrigação de, no imediato, acorrer às necessidades dos sinistrados.
Quanto à Embaixada..., por acaso dirigiu-se o senhor à mesma? Se o fez, pode, e deve, exigir uma resposta pronta àquilo que requereu. Se não o fez... porquê reclamar e dizer mal por "eles" (a Embaixada) não terem acorrido a perguntar-lhe se precisava de um passaporte, de dinheiro ou de um telemóvel para telefonar (!!!)?
Afinal, não estamos a falar de uma tragédia que tenha posto em causa a capacidade de resposta das autoridades competentes, ou deixado as pessoas numa situação de desamparo e desespero. Como se demonstra por já estarem em Portugal sem necessidade de intervenção da Embaixada (repatriamento).
Ao invés de dar graças por não ser um dos mortos, ao invés de apontar a sorte que teve e a felicidade de já estar de regresso, o melhor que este senhor encontrou para dizer foi disparar críticas a qualquer coisa deste país. Porque como diz Sérgio Godinho: "Só neste país..."

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