12.1.12

Gaivota (que não Fernão Capelo)

Vá lá saber-se porquê, há no prédio onde trabalho um "vizinho" que descobriu uma vocação para alimentar gaivotas a partir da sua janela.
Ainda não vi isso acontecer, pelo que nem sei se o faz em movimento, para ver a agilidade dos animais a apanhar comida em pleno vôo, ou se deposita comida no parapeito. Para o efeito, é indiferente.
O que verdadeiramente importa é que, ao invés dos repetitivos e desinteressantes pombos, tenho a voar à frente da minha janela umas gaivotas que já se habituaram ao pitéu. E deixem-me que vos diga, que estas aves são verdadeiramente sinistras. Com os seus gritos de escárnio, "risos" ameaçadores, olhares avermelhados, enquanto voam em círculos sobre a rua não consigo deixar de pensar que estou sob vigilância e que, se o meu "vizinho" não satisfizer os seus desejos por comida, estas brigonas nos poderão atacar a qualquer momento.
E de repente lembrei-me do Gaston Lagaffe e os seus brigões.

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