17.2.04

TRADUÇÃO

Recomendo vivamente o Lost in Translation

Bill Murray é um actor que cada vez mais me impressiona. longe vão (felizmente) os tempos de 'Ghostbusters'. Desde aparições, como no fenomenal "Groundhog day" ou "Ed Wood" que vem enchendo o ecrã com uma pose maravilhosamente envelhecida, transpirando uma maturidade na representação que não está ao alcance de todos.
Muitos da sua geração vivem repetindo o passado ou tornando-se canastrões assumindo papeis do tipo pastilha elástica, repetitivos, sensaborões e previsíveis, apesar de um estouro ou outro.
Bill não. E está tão bem acompanhado que agora até me apetece ver "A rapariga do brinco de pérola" (creio que é este o título em português.

Por falar nisso: por favor, proíbam o tradutor que renomeou o "Lost in Translation" de voltar a trabalhar. Assassinou um título excelente, como excelente é a segurança e criatividade com que Sofia Coppola nos conta a história. Depois de "Virgens Suícidas", esta senhora começa a habituar-nos mal. Porque passamos a esperar sempre algo de muito bom a cada filme que venha a fazer, deixando pouco espaço para o erro.

Amigos, este filme vale o preço do bilhete.

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