21.4.04

Major Valentão

Não que eu estivesse a ver, porque àquela hora prefiro perder tempo com a 2: , a SIC Radical, ou o People & Arts, o História, a BBC Prime ou o Eurosport. Aliás, ontem era mesmo o Eurosport e o campeonato do mundo de snooker...

Dizia eu, que é impressionante a relevância que é dada em Portugal a pessoas como o 'Major' (?) Valentim Loureiro, ou os outros membros do conselho de arbitragem, do clube de Gondomar, ou os árbitros... Os telejornais (deu para reparar no fatigante exercício do zapping) perderam gigantescos períodos de tempo de antena a falar, especular, comentar e, quem sabe, inventar sobre a detenção daqueles personagens.

Meu Deus, esperem pela notícia. Divulguem as notícias. E a notícia, ontem, em tempo de telejornal, mereceria 3 ou 4 minutos, quanto muito.
Os critérios noticiosos televisivos estão cada vez mais pobres. A informação é mesmo anedótica.
Antigamente, via um noticiário e ficava a saber o que se passou no país e no mundo. Hoje nem perco tempo, porque dizem e repetem, citam outros orgãos de comunicação, especulam, comentam ao sabor do vento e nada de novo chega ao consumidor.

Quando, há mais de 15 anos, tive aulas de jornalismo no secundário, ainda fui brindado com uma frase: "a rádio anuncia, a televisão mostra e os jornais explicam. Por vezes, qualquer um deles investiga e expõe algo de novo".
'Oh tempo, volta para trás', e devolve-nos o direito a informação de qualidade.

(Já agora... com o dinheiro que aqueles tipos ganham a jogar snooker, não posso de deixar um lamento: porque é que os meus pais não queriam que passasse tanto tempo no salão de jogos? Não viam que era um investimento de carreira?)

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