Ontem fui ver outra fábula. "Man of the Year", de Barry Levinson. A história é igualmente simples. Quem vê o "Daily Show, with Jon Stewart" que vai passando na Sic Radical, tem presente como pode ser poderoso o humor a lidar com assuntos sérios, políticos. Dia a dia se revelam escândalos e com humor e sem qualquer sentido do politicamente correcto, porque ao humorista é permitido dizer tudo, se põe o dedo na ferida. E tudo parece fácil, como alternativa ao sistema dominado por dois partidos (como vai acontecendo por cá, por exemplo).
Ora, este filme pega exactamente neste mundo (aliás, Lewis Black, comentador no Daily Show, é um dos actores principais, como redactor criativo) e transforma Robin Williams num apresentador de um programa deste estilo que, levado pelas circunstâncias, decide candidatar-se a Presidente dos EUA. Conjugando a popularidade granjeada numa franja descontente com os grandes partidos, e beneficiando da introdução de um novo sitema de voto electrónico, acaba por ganhar as eleições.
Ou não?
O filme não é surpreendente nem explosivo. Mas não deixa de evidenciar o poder do humor e as contradições do sistema político norte-americano. Os riscos da democracia que se coloca nas mãos das empresas, do dinheiro e se esquece do eleitor e da integridade necessária para governar.
Não é um filme de encher o olho, mas é muito razoável, garantindo a nota média 3. A ver, sem pressas.
2 comentários:
Gostei mto do Labirinto. Embora me surpreendesse a violência. Achei gratuita. Mas a minha tolerância à violência ficcional é inversamente proporcional à real...
A rapariga que estava na mesma fila que eu muito se encolheu e fechou os olhos e silvou de medo. Eu gostei do lado "gore" da coisa.
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