20.7.08

Lou Reed


O concerto de ontem no Campo Pequeno foi fantástico. Berlin revisitado, com muita pujança, arranjos estupendos, com espaço para longas guitarradas e sempre a voz de Lou Reed, inalterada, soberba apesar dos seus 66 anos.
Quem assistiu, e não foram muitos, pois a casa estava a menos de meio (o que querem?, à mesma hora actuava Leonard Cohen e mais não sei quantos "festivais") saíu encantado com o espectáculo apresentado em Lisboa (repete hoje em Loulé e de seguida termina a tour em Málaga). Uma hora e meia para recriar Berlin e mais meia-hora de "encore" para obrigar o público a levantar-se e abanar um pouco. Fabuloso!
Agora já vi Lou Reed ao vivo. E posso dizer que, apesar da carreira já ir longa, ainda o vi em grande forma, ao contrário de outros com a sua idade cuja capacidade para actuar em palco já está diminuída, seja pelo desgaste da voz, seja pela perda de energia. Mas não Lou Reed, que está em grande.

Uma palavra para a "sala". O som é muito bom, e o espaço, aberto no topo, é convidativo especialmente numa noite quente como a de ontem. Mas dois factores muito negativos condicionam o Campo Pequeno: o cheiro a cavalos e toiros está por lá, indisfarçável; e o espaço entre filas é insuficiente para quem tenha mais de 1,70m.

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