Era um dos filmes mais aguardado por mim, desde que vi o trailer no Mac (sim, quem tem um Mac e uma ligação à internet pode ver os trailers com uma antecedência brutal).
Por isso, este fim-de-semana fui ver o Watchmen, adaptação cinematográfica da novela gráfica com o mesmo título de Alan Moore e Dave Gibbons. Não é ser pretencioso recorrer ao termo "novela-gráfica" quando se fala deste livro, pois quem já o leu sabe que vai muito para além de uma BD. E o filme, fiel à imagem e ao texto (eliminando a história paralela do náufrago que é lida ao lado do quisque dos jornais, e mesmo assim estendendo-se até duas horas e quarenta minutos) é, pura e simplesmente, uma pérola que ficará para a história com o mesmo impacto.
Apesar de já ter ouvido falar deste livro, creio que raramente o vi à venda em Portugal antes desta explosão comercial à volta do filme, pelo que só o comprei quando o ano passado estive em Nova Iorque. É um livro fantástico que nos faz pensar e regressar aos anos oitenta, quando temíamos que pudesse, a qualquer momento, haver um holocausto nuclear (lembram-se da quantidade de filmes - WarGames, The Day After, por exemplo - e séries que abordavam a temática?).
Hoje estamos esquecidos de tal destruição
global. O medo é localizado, com ataques terroristas de efeitos restritos a uma qualquer área, mas sempre permitindo à Humanidade continuar. Watchmen explora exactamente o medo de não continuar, da erradicação da vida na Terra, do que é necessário para superar a paranóia instalada em que toda a gente desconfia de tudo e todos, num mundo onde até os super-heróis têm um lado negro revelando-se verdadeiros rufias ou psicopatas.
Em Londres, outra das lojas que visitei com prazer foi a Forbiden Planet, especializada em banda desenhada, literatura fantástica e de ficção científica, manga, anime, e muitos artigos de coleccionismo dessas áreas. Um paraíso, pois apetece escolher montanhas de livros para os ler durante uma vida.
Os Watchmen estavam em alta. Com a aproximação da estreia do filme, a parafernália de edições da novela original, de livros sobre o "making of" do filme, de estudos sobre a história, "action figures", brindes... sei lá.
Já agora, a Forbiden Planet revelava quão fanáticos os britânicos são com o "seu" Dr. Who e, agora recentemente, "Torchwood". Podem descobri-los na SIC Radical.
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