Afinal, lá fora, a chuva continua a cair, intensa e regularmente.
No meu gabinete, de janela aberta, ouço-a correr pelos telhados e tombar em grossas cadeias no empedrado dos passeios.
Como dira Robert DeNiro no Taxi Driver, é bom que chova. Gosto da chuva. Limpa as ruas. A escumalha que nelas vive corre à procura de abrigo.
Não vou tão longe. Contento-me com a limpeza do pó, da terra, dos restos do Verão.
E aqui sentado, deixo-me embalar pelo som da correnteza que ocasionalmente espreito, só para ter a certeza que é do céu que vem tanta água.
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Já repararam na velocidade a que os resultados das autárquicas deixou de ser notícia? Já não se maturam ideias nos media. Apenas nos blogs se encontra a reflexão sobre os acontecimentos políticos.
A quem interessa esta superficialidade?
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