20.11.06

Em Paris



O filme de Christophe Honoré não conseguiu encantar-me. Talvez o problema seja meu. Ou talvez não. Mas o certo é que ao invés de criar uma empatia com os personagens, desde o início que antipatizei com todos eles. Talvez estejam muito bem representados e sejam mesmo pessoas irritantes. Ou talvez me fizessem lembrar certas pessoas da minha juventude universitária, para quem a vida era um drama e as relações vividas "até à morte" (Romain Duris), ou a vida era um ligeiro suceder de relações frívolas que se expunham aos mais próximos à leia de contabilidade do sucesso (Louis Garrel). Ou mulheres que se submetem mas ao mesmo tempo se fazem fortes e de acção em contradição mantém relações destrutivas (Joana Preiss).

Depois, certos pormenores da realização que se pretendem notas de originalidade também me tocaram no nervo da irritação, como sejam as cenas em que os actores estão estáticos, sem falar, mas ouve-se a conversa que continua...

PElo meu critério, coloco este filme a meio da tabela. Creio também que dependerá muito do dia em que se vá ver. Se estamos bem dispostos, e de moral elevado o filme provavelmente irá irritar-nos.

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