27.5.07

Competência

Na sexta-feira fui à Feira do Livro de Lisboa e vim de lá muito triste. Triste porque este a Feira me pareceu um daqueles cafés antigos, com donos velhotes, que não são alterados, remodelados, há décadas e cheiram a mofo e azedo. Triste porque a Feira deste ano parece ter regredido no tempo. Triste porque me foram reveladas graves incompetências na gestaão de todo o evento.
A feira abrira na véspera. Pois em muitos stands ainda estavam a pôr livros. Que incompetência justifica que os editores não tivessem as suas minúsculas barraquinhas cheias e preparadas 24 horas depois da inauguração?
O pagamento por multibanco não estava disponível em nenhum stand. Porque razão, num evento que dura duas semanas, o sistema mais fácil de pagamento ainda não estava operacional? Só posso conceber como explicação a incompetência.
O conteúdo livreiro dos stands é, manifestamente, requentado. Há editoras que têm a mesma oferta desde há três anos, com a diferença que agora os seus livros já parecem fora de prazo e com descontos cada vez menores. Muitos deles encontram-se todo ano por aquele preço na FNAC.
O pavilhão principal, que nos últimos anos tinha sido concebido e desenvolvido por arquitectos que apresentaram soluções ousadas e agradavelmente vistosa foi substituído por uma tenda.
Valham-nos algumas operações de saldo que ainda permitem encontrar algumas pechinchas.
Gastei € 100,00 em livros, mas não o fiz num ambiente de festa como aconteceu nos últimos anos. Porque a incompetência agarrou a Feira pelos cornos.
Depois queixam-se que vendem pouco. Meus amigos, para vender mais têm que oferecer mais.

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