Enquanto lia o DN ao almoço deparei-me com a acertada opinião de que é incrível o papel dos advogados no processo Apito Dourado (v. 1.0) que saíram da primeira sessão de julgamento queixando-se de que o processo estava a andar demasiado depressa (!!?) e que com quatro dias de julgamento por semana não conseguiam preparar as sessões.
Dizer que um processo que leva quase quatro anos está a andar depressa é manifestação clara de que, no nosso país, são as defesas que protelam o mais possível o desenrolar dos julgamentos, escudadas numa lei ineficaz que, sob o escudo das "garantias de defesa", torna quase impossível fazer justiça em tempo útil. Quanto à preparação das sessões... então os excelsos advogados ainda não têm tudo preparado? E o que cobram não lhes permite trabalhar no duro no resto do tempo da semana? É que a semana tem o mesmo número de dias para os juízes e procuradores...
Cada vez menos ando de carro no dia-a-dia, circulando, isso sim, de metro ou de autocarro. É impressão minha ou está mais acentuada a utilização dos transportes públicos, excepto nos dias próximos do fim/princípio do mês, altura em que haverá dinheiro para a gasolina. É que nas ruas da cidade também fico com a ideia que, tirando ali dez dias à volta do ordenado, vai havendo menos automóveis a circular e trânsito mais fluido.
Pde ser apenas impressão minha e tudo não evidenciar senão melhores vias de acesso e mais gente a vir para Lisboa, inclusivamente de transportes públicos.
2 comentários:
Felizmente nunca tive de ir a tribunal... nem como testemunha.
E o facto de ter advogados na família afasta-me muito da realidade, por ter a "papinha toda feita" sempre que preciso de alguma papelada mais formal. Mas concordo que neste país a melhor posição é mesmo a de arguido...
Olha... ali---> as 7 dunas :)
Obrigada pelo destaque!
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