Nostalgia dos sabores perdidos
Durante os anos 80 fu ium consumidor, por vezes alarve, de gelados OLÁ. Naquela década apareceram e desapareceram gelados. Dos que ainda existem, pouco há a dizer. Talvez o Calipo seja um ícone, se bem que as únicas razões pelas quais era, por vezes, comprado, eram ser barato e durar imenso tempo a consumir (como seria natural para um pedaço de sumo em gelo).
A OLÁ tem gelados que remontam aos anos 70 e ainda perduram. O Epá, o SuperMaxi, o Perna de Pau, os Corneto de morango e chocolate. Tudo gelados que resistiram ao tempo e já ultrapassaram os 30 anos de vida.
Porém, outros houve que se perderam no tempo. Agradavelmente, a marca tem vindo, nos últimos anos, a recuperar "edições limitadas" dessas memórias. Já o fez para dois desses gelados, dois dos meus favoritos de sempre, que com grande prazer reencontrei. Falo do Corneto de Tangerina, e do Fizz de Limão.
Mas outros houve, igualmente saudosos. Numa altura em que o topo da gama era preenchido pelos Corneto de chocolate, morango e moka, usualmente acompanhados por um quarto sabor, a OLÁ lançou um outro gelado, ainda maior, mais caro. O verdadeiro topo de gama. O Supercorneto.
O primeiro Supercorneto era, para mim, uma verdadeira delícia. O seu sabor era Ginja. Sim, Ginja. Misturava doce e ácido, e era grande. Cedo desapareceu, submerso nos convencionais sabores do chocolate e baunilha, para minha tristeza.
Havia também o Kilimanjaro e o Krisppy.
Era comum comer dois cornetos de seguida. Saía mais barato que um gelado dos bons, na geladaria e era mais alarve. Uma vez, recordo-me, comi quatro cornetos de seguida: um de cada sabor. No final da década ia com amigos correr para o Estádio Nacional no circuito de manutenção e, quando voltava para o comboio, comia um Corneto e um Magnum, iguaria que naquele ano tinha aparecido.
Era um bruto, admito-o. Até porque os gelados nem eram assim tão bons. Eram aqueles que tínhamos disponíveis a toda a hora, e em todo o lado.
Com os meus amigos, por vezes, para compensar o "investimento", cada um comprava no supermercado uma Vienetta ou outro desse tamanho, e levávamos para casa onde, frente à televisão, vendo um filme, as devorávamos num instante.
Porém, este post destina-se à nostalgia dos sabores perdidos. Que a OLÁ continue a recordá-los nas suas "edições limitadas".
1 comentário:
eu como só gosto de chocolate, lembro-me do antiquíssimo antecessor do (nem me lembro do nome dele agora, mas é um ´so de chocolate com chocolate por dentro)
Freetz?
Era o tri-choc!!! custava na altura 27.50 escudos
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