O primeiro álbum que alguma vez comprei foi este.
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Em cassete, porque apenas tinha um daqueles gravadores "portáteis", com o som em mono, tipo caixa de sapatos. Lembro-me perfeitamente. Foi comprado através do Círculo dos Leitores, do qual o meu pai era subscritor. Tinha algum dinheiro poupado, e decidi comprar uma cassete. Peguei na revista e, de entre as poucas escolhas disponíveis, encontrei um compromisso entre o preço e um disco de um grupo que apenas conhecia de nome. À data não era conhecedor da realidade musical e o nome Fischer-Z ficara-me na mente depois de algum programa de rádio, ou alguém me ter falado no grupo.
Quando o senhor do Círculo dos Leitores regressou com a encomenda foi com avidez incontrolada que me lancei sobre a cassete e a desembrulhei. E ouvi-a vezes sem conta. Basta salientar que a outra cassete que tinha era dos ABBA e fora prenda de Natal (a minha irmã, mais velha, é que a adorou).
O disco "Red Skies Over Paradise" era algo de "rebelde" para mim. E gostei tanto dele que outro dia me lembrei dele e me pus à procura do álbum em CD, para substituir a cassete, já defunta há mais de 15 anos.
Músicas como o Marliese, Luton to Lisbon, Cruise Missiles ou You'll Never Find Brian Here alimentaram o meu imaginário infanto-juvenil naqueles anos 80 em que a Guerra Fria, o nuclear e o desenraizamento marcavam a história.
O alinhamento do disco é este:
1.Berlin
2.Marliese
3.Red Skies Over Paradise
4.In England
5.You'll Never Find Brian Here
6.Battalions Of Strangers
7.Song And Dance Brigade
8.Writer
9.Bathroom Scenario
10.Wristcutters Lullaby
11.Cruise Missiles
12.Luton To Lisbon
13.Multinationals Bite
Recordo ouvir o disco nas festas da centésima lição. E ouvi dizer que eles vêm cá a Portugal tocar no espectáculo do Júlio Isidro deste sábado, o Febre de Sábado de Manhã. Vou tentar vê-los na televisão (dá em directo). Nem sabiam que aindam tocavam...
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