16.10.06

Mais cinema

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Este fim de semana fui parar à sala do Little Miss Sunshine (traduzido para um inenarrável "Uma família à beira de um ataque de nervos"), apenas porque era o único filme que no Monumental começava às oito da noite. Não tinha lido u visto alguma coisa sobre o filme. Do cartaz apenas reconhecia alguns dos actores e encontrava a referência a ter o filme ganho o festival de cinema independente de Sundance.
E que surpresa tive eu.
Junte-se uma família disfuncional numa carrinha VW "pão-de-forma" e veja-se o que acontece aundo o texto é excelente, a realização segura e as interpretações de alto nível.
Nesta família o pai está convencido que é um vencedor e que descobriu "a pólvora" com um método de nove passos para o sucesso. O seu pai, o avô, é viciado em heroína, consome pornografia em barda e tem a linguagem de um carroceiro. O filho fez um voto de silêncio até entrar na academia da Força Aérea. Enquanto não pilota jactos de combate, treina e lê Nietzche.
A sua irmã, a mais nova, sonha ser Miss. A mãe tenta gerir a família, mas entretanto alimenta-a todos os dias com frango assado comprado . Pelo meio luta com falta de dinheiro. O seu irmão, o tio, tentou suicidar-se.
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E mais não conto. A não ser dizer que, quando no final vemos a carrinha a afastar-se estrada fora achamos que ainda é cedo. Queremos saber mais, saber o que se vai passar agora com aquela gente, agora que falharam mais uma vez, mas no falhanço encontraram algo de novo e forte. Será que alguma vez vencerão? Será que esta sensação de que algo poderá ter mudado nas suas vidas é real?
O filme não responde, mas deixa-nos sonhar. Com o fim mais cor de rosa que quisermos. Ou negro como o carvão. Todo o humor do filme é assim. Faz rir, mas deixa um travo azedo na boca.

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