27.12.09

À beira do fim... de ano

O Natal passou célere. Tão depressa estava a fazer compras de presentes como já arrumava a papelada rasgada. Foi tudo tão rápido que nem comprei umas luzes para a árvore de natal, estragadas que estavam aquelas que têm sido utilizadas nos últimos anos.
Os dias, cinzentos, sem graça, não têm convidado a grandes iniciativas. Ficar na cama até tarde tem sido um bom plano. Mas chegado a esta hora, fico na dúvida sobre o que fazer. Tudo aquilo que "tem" de ser feito não apetece. Tudo o que "pode" ser feito não convence.
A novidade costuma ser um bom incentivo. Mas nestes dias a novidade tem estado arredada. Para novo parece que já só sobra o ano.
Paulatinamente vejo o tempo escorrer à beira do fim, deste fim de 2009, repetindo-se o ciclo anual de promessas. Será 2010 um ano melhor? Desejamo-lo. Mas o futuro quere-se desconhecido, para que seja novidade.
Para que tudo seja possível. Para o bem e para o mal. Para que surpreenda.

21.12.09

Carta ao Pai Natal (5)


Pelo 5.º ano consecutivo escrevo a minha carta ao Pai Natal. Desta vez, compreendo, já vou um pouco em cima da hora, mas nunca se sabe.
Da lista do ano passado passei a ter o iPhone e fui eu quem mo ofereceu. Estranho não ter recebido mais nada daquilo que lá incluí, nomeadamente a última extravagância, aquela no fim da lista...
Para este Natal de 2009, cá vai:

1.º - Começando com alguma modéstia, que tal o último livro desse genial fotógrafo que é Koudelka? Piedmont é o título, pois é um conjunto de fotografias panorâmicas captadas naquela região italiana.



2.º - Subindo um pouco na escala, que tal uma Canon EF 70-200mm, F4L, uma objectiva que ficava a matar na minha câmara.



3.º - Uma viagem ao Japão, por pelo menos duas semanas, vinha mesmo a calhar.


4.º - Este presente envolve igualmente uma viagem, mas também um bilhete que é sempre uma raridade, sendo certo que o senhor não virá a Portugal brindar-nos com a sua voz rouca. Que tal uma viagem para ir assistir a um concerto de Tom Waits.


5.º - Para terminar, uma extravagância: um Aston Martin Carbon Black Edition V12 Vantage. Porque não?

14.12.09

Afeganistão

Alexandra Lucas Coelho passou um mês no Afeganistão e de lá trouxe um relato sagaz de um país que desmoronou com as guerras que o assolam há quarenta anos.
Acompanhamos o seu relato com leveza e ansiando sempre por ver o que virá a seguir, pois sentimos que andamos a seu lado enquanto explora a vida dos naturais e dos estrangeiros que se passeiam pelas ruínas de uma nação.
A ler, o mais rapidamente possível.

8.12.09

As fotografias ganhadoras... do terceiro prémio (8)

Tema 8: Museu

Eu avisei...
Nada de especial.

As fotografias ganhadoras... do terceiro prémio (7)

Tema 7: Perto do chão

As fotografias ganhadoras... do terceiro prémio (6)

Tema 6: Hoje é sábado

As fotografias ganhadoras... do terceiro prémio (5)


Tema 5: Arquitectura



As fotografias ganhadoras... do terceiro prémio (4)

Tema 4: Se eu fosse escultor

As fotografias ganhadoras... do terceiro prémio (3)

Tema 3: Cores vivas

As fotografias ganhadoras... do terceiro prémio (2)

Tema 2: Mercado de Portimão


As fotografias ganhadoras... do terceiro prémio (1)

Como prometido, aqui ficam as amostras das fotografias ganhadoras do terceiro prémio da 9.ª Corrida Fotográfica de Portimão. Cada tema tinha três fotografias. Não recordo, sequer, os temas com exactidão, pelo que apenas deixo pistas.
Não são brilhantes, eu sei. Aliás, a maioria nem é particularmente boa. Creio que a concorrência esteve fraca.
Como só consigo pôr 5 fotos de cada vez, seguem vários posts do mesmo, cada um com um tema.

Tema 1 - Água, ferro e madeira:








(os posts que se seguem foram corrigidos quanto aos temas, depois da ajuda da Marisa e de termos ido a Portimão e conferido aquilo que já nos esqueceramos)

4.12.09

Estranheza

São quatro despachos publicados no DR hoje.
Alguém percebe o que estas pessoas lá estiveram a fazer 4 dias? Repare-se que a segunda nomeada/exonerada teve direito a voto de gratidão. Muito deve ter trabalhado naquela semana...

29.11.09

Sabores e saberes

No último dia de exibição fui ao teatro São Luiz ver "O que se leva desta vida". Não posso recomendá-la porque já não está em cena. Mas naquela cozinha em palco discute-se a essência da comida e a essência da vida, das relações, das motivações. A química de Gonçalo Waddington e Tiago Rodrigues elevou o nível da peça. Valeu bem a pena. E no fim, em vez de comer um prego, fui à carne da Brasserie de l'Entrecôte. Boa!

28.11.09

Ao lado

Desta Vez Saramago espalhou-se. "Caim" é um livro sem chama, sem génio. Com o artifício de pôr Caim a percorrer alguns dos episódios mais conhecidos do Velho Testamento para apontar o dedo às evidentes contradições do texto, o autor não consegue criar nada de novo, de surpreendente, como o fez no passado.
Quando muitos vieram deitar abaixo o livro do Saramago por causa da "ofensa" religiosa eu pensei que teríamos ali outro "evangelho segundo Jesus Cristo". Errado. Teria sido mais fácil vir dizer que o laureado com o prémio Nobel escreveu um mau livro do ponto de vista literário.
É pena.

27.11.09

Não há duas sem três

Nem melhor nem pior que os outros, é mesmo a continuação do segundo volume da série Millennium. Ou seja, depois de ler o segundo, tem mesmo que se ler o terceiro.
O autor continua exaustivo nos pormenores e eficaz na acção, deixando-nos a querer saber como tudo vai acabar.
Acaba de vez porque, como já o disse, Stieg Larsson morreu, ficando por continuar a saga que previra para pelo menos dez volumes.

26.11.09

Afinal...

Não obstante o meu desânimo no final da 9.ª Corrida Fotográfica de Portimão, fui hoje contactado pela organização com a notícia de que ganhei o terceiro prémio na categoria digital.
Surpreendido fiquei com tamanho feito, pois recordo que achei fraquitas as imagens que guardei ao longo do dia.
Quando chegar a casa vou recuperá-las e, logo que tenha tempo para tanto, colocá-las aqui para que possam ver e apreciar por vós.
Quem quiser olhá-las em tamanho grande, ao vivo, basta ir ao Museu Municipal de Portimão a partir das 18h00 do dia 12.12. Lá estarei para a entrega dos prémios.
Já a nossa amiga Marisa, que partilhou o dia de fotografia, terá ganho um prémio especial. Porquê? Porque com uma câmara digital, que tira fotografias a cor como toda a gente sabe, decidiu fazer um "rolo" a preto e branco, surpreendendo tudo e todos, juri incluído. Eu, que já vi as fotografias, posso dizer que estão bem giras!

17.11.09

Estou na Lua

Gostam de ficção científica? Daquela que é feita de uma boa ideia e que sobrevive sem efeitos especiais? Daquela que durante anos alimentou a "Twilight Zone"? Então, só podem gostar deste filme.
Se os cenários exteriores fazem lembrar o "Espaço 1999", os interiores o "Solaris" e o computador o "2001 - Odisseia no Espaço", isso não são acasos. São referências. Boas referências.
Um homem, um homem apenas, gere a base lunar responsável pela recolha da energia limpa que alimenta a Terra. A sua comissão de três anos está a chegar ao fim. Já evidencia sinais de desgaste, físico, psicológico, emocional. A relação com o planeta Terra faz-se através de mensagens gravadas, pois não há comunicações em tempo real. O discurso directo fica reservado aos diálogos com computador que existe apenas para o ajudar.
O que poderá acontecer?
Das mil e uma possibilidades Duncan Jones (que assina a realização e o argumento original) escolhe apenas uma. E com ela cria um belo filme no qual a estrela dominante é Sam Rockwel, que consegue sustentar um laço que nos vai unir ao personagem durante pouco mais de hora e meia.
A ver, com quatro estrelas seguras.

7.11.09

Qual é a tua religião?

Foi a Marisa quem me mandou esta. Vale a pena procurar a religião certa.

6.11.09

Alguém tem por aí umas horas que possa dispensar?


Depois de um fim-de-semana inesquecível, por aquilo que me ensinou quanto às minhas capacidades físicas, e por ter somado mais um aniversário, porque não, esta semana passou a correr. Sem dar por isso estamos novamente na sexta-feira e o novo fim-de-semana parece curto para tudo o que quero fazer.
Ontem, na FNAC, perdi a cabeça e comprei inúmeros livros. Não sei quando os vou conseguir ler todos. Entre livros, filmes em DVD e séries que se acumulam sem ser vistos, filmes que passam pelas salas de cinema sem que consiga ir vê-los, tinha que fazer todos os dias sem descanso. Juntem-se as fotografias por revelar e ampliar, as outras, as digitais, para arrumar, tratar e apresentar, as ideias para escrever que nunca mais chegam ao papel, e ficamos sem saber onde encaixar as horas diárias de trabalho, que se exigem para poder pagar todas as contas. Horas de trabalho que, muitas das vezes, levam a que, chegado a casa, só me apeteça vegetar frente à pantalha olhando programas de entretenimento sem conteúdo que exija pensar e que se esgotam logo após o visionamento.
Há dias assim.
Como diz um personagem do filme "Tão longe, tão perto", de Wim Wenders, "O tempo será teu senhor se te deixares ser servo".
Actualmente o sacana do tempo vai mandando. Ainda não arranjaram dias com 36 horas...

31.10.09

Mestre Tokitsu

O meu fim-de-semana passa por aqui. Com Kenji Tokitsu, mestre de artes marciais, vou aprender mais sobre tai chi, chi kung, yi-chuan e dança da energia. Ontem foi o pontapé de saída.

26.10.09

Finalmente, o desfecho

A série "Battlestar Galactica", na versão do terceiro milénio, navegou por águas extraordinárias, muito para além daquele mundo de cowboys transposto para o espaço que foi a versão dos anos oitenta. Desta vez, toda a série abordou questões de fundo, como a coexistência das espécies, a relação do homem com a máquina, a natureza humana, a existência de Deus e o sentido da vida, questões que são o sumo da boa ficção científica.
Foi agora lançada em DVD a última parte da série, com os últimos onze episódios que rematam a demanda de uma civilização em fuga à extinção.
E vale mesmo a pena.
Num acto de loucura comecei a ver estes onze episódios pelas seis da tarde de sexta-feira e acabei às três e meia da manhã com a série toda "papada". Em regime de overdose fui desbravando caminho até ao fim para ficar muito satisfeito com o resultado. Há que saber quando parara, quanto explorar, quanto desenvolver um tema. "Battlestar Galactica" soube fazê-lo.
Só gostava de saber porque não há nenhum canal a pegar nela para a passar no cabo. Será assim tão cara?

Quem quer ser "outro"?

Esta semana estreia o filme "Surrogates" que me despertou a curiosidade desde que vi o primeiro trailer através do Mac. Entretanto, deitei a mão à graphic novel que está na sua origem, bem como à respectiva "prequela" que estão muito bem escritas e desenhadas. Vale a pena espreitar.
Logo que tenha visto o filme direi mais qualquer coisa sobre este incrível mundo em que se pode ter uma máquina para viver a nossa vida. Curiosa permissa, esta.

19.10.09

Bem pensado

É talvez o maior título para um livro dos que tenho cá em casa. É mais um daqueles que ultrapassa as 600 páginas. E que se lê rapidinho, tal a forma como nos agarra e como queremos saber mais da história. Ainda gostei mais deste que do primeiro romance da série "millenium" de Stieg Larsson.
Não fui ver o filme feito com base no primeiro livro... e nem sei se ainda está em exibição por aqui perto. Provavelmente terei que esperar por ele no ZON videoclube. Mas desde já aviso, vou começar a ler o terceiro capítulo da saga, que apenas é o último porque o autor morreu antes de tempo (dizem que já tinha ideias para os dez primeiros livros).

9.10.09

Lisboa

Em Lisboa, não tenho dúvidas. António Costa merece continuar por mais quatro anos como presidente da câmara para mostrar se o que fez nos últimos dois anos é tão estrutural quanto parece. Equilíbrio orçamental, e opções com os pés na terra e de verdadeira simplicidade (redesenhar os corredores BUS, sem interrupções foi tão fácil e eficaz que custa perceber porque demorou tanto até que alguém o fizesse). Falta apenas convencer as pessoas a não trazer a porcaria do carro para Lisboa, pois as intermináveis filas e congestionamentos no interior da cidade dependem claramente de uma mudança de mentalidade dos cidadãos que vai para além da presidência de um município. Veja-se o exemplo em qualquer cidade capital da Europa...
O que não é possível tolerar é o regresso de Santana Lopes e das suas propostas assustadoras. Mais túneis? Quanto mais se "facilitar" o trânsito dentro da cidade mais gente quererá trazer o carro para o seu miolo e mais complicado ficará o trânsito. É assim tão difícil de perceber a lógica desta espiral? Sempre foi assim, e nada alterará essa realidade. Lisboa não precisa de mais túneis, precisa de mais e melhores transportes públicos. E mais eficazes restrições à circulação e estacionamento do veículo privado, obrigando as pessoas a deixá-lo em zonas mais periféricas recorrendo amiúde ao autocarro e ao metro para então entraar nas zonas centrais da capital.
E não falemos de outras aberrações como aquela de instalar a Feira Popular (qual? onde é que ainda há uma feira popular?) nos terrenos que, após muitas negociações, deverão acolher o IPO, evitando que o principal hospital de luta contra o cancro se desloque para o município de Oeiras).

Até agora tenho evitado fazer apelos ao voto. Mas desta vez, a urgência é tanta que não resisto: votem na candidatura de António Costa. Mesmo que vos dê azia votar no PS (eu percebo, mas recordem que não estão a votar no Sócrates...). Mas por favor, não desperdicem Lisboa nas mãos de Santana Lopes.

A morte de Bunny Munro


Nick Cave escreveu mais um romance, desta feita "A Morte de Bunny Munro", recentemente editado entre nós.
Sem dúvida que o mundo desabou à volta do personagem com nome de coelho, e as situações, muitas verdadeiramente escatológicas, sucedem-se numa evidente espiral de perdição, alimentando uma mórbida curiosidade à medida que avançamos para o fim da obra. Cave navega com mão segura, mas sem a chama do brilhantismo que evidenciou no antigo "And the Ass Saw the Angel" (E o Burro Viu o Anjo).
Li "A Morte de Bunny Munro" num ápice, e aconselho a sua leitura, mas seguramente não o coloco entre as obras de referência.

Vício

A guerra é um martírio. Quem a vive, sofre.
E apesar desse sofrimento, quem a combate nela pode ficar viciado.
No fundo, é aquela situação clássica de que, sempre que lá estão os soldados contam os dias para o fim da comissão. Mas depois do regresso, sabendo que os camaradas continuam por lá, que a guerra continua por lá, o desejo de voltar pode ser pior que uma ressaca.
Em "Estado de Guerra - The Hurt Locker", a realização de Kathryn Bigelow é exemplar e transforma uma história poderosa num filme de guerra que foge dos moldes habituais para se tornar numa relevante peça de reflexão.
A interpretação intensa exibe o medo, a coragem e a loucura de um cenário de guerra atípico como é o Iraque. E no fim, não conseguimos deixar de pensar na finalidade de tamanha insanidade.
Nota quatro para um filme que merece ser visto num grande écran. Como não consegui escolher entre os dois cartazes, decidi reproduzir ambos.


30.9.09

For Humans Only (Non-Humans Banned)

Distrito 9 é um daqueles filmes que demonstram que o espírito da ficção científica ainda está vivo.
Ao invés de rumar nas águas da fantasia, propõe uma situação de ficção científica (o acolher de um milhão de alienígenas que "encalham" na terra e de cá não conseguem sair) para explorar a natureza humana e, em jeito de alegoria, demonstrar aquilo que hoje somos.
Enquanto Hollywood aproveita e explora os efeitos especiais como sendo o essencial do filme, contentando-se com histórias mal amanhadas, à medida de brinquedos ou BDs, criadas apenas para expôr a nova tecnologia CGI, este filme rodado na África do Sul exibe a natureza humana do seu melhor ao seu pior.
Não nos enganemos: à semelhança de muita da ficção científica, nomeadamente ali dos anos 50/60 do século passado, a história não é brilhante nem surpreendente. É simples nas suas raízes e esta imagem, em Joanesburgo, lembra memórias recentes e explica logo por onde navega este barco.


Não é de estranhar que Peter "Senhor dos Aneis" Jackson seja o principal produtor da obra, realizada por um seu coloborador. E em jeito de documentário lá vamos percebendo o que acontece quando, em plena segregação dos ETs (porque será que o tradutor insistiu em legendar a sua designação como "gafanhotos" se o original inglês dizia "prawns", ou seja, camarões?) um humano é infectado com uma substância que o vai transformar em alienígena.
Apesar de ter gostado muito do filme, pelas suas características, não consigo dar-lhe uma nota mais além que um sólido três. Suficientemente sólido para que os amantes da ficção-científica o achem imperdível.

28.9.09

Cedências

Infelizmente temos que continuar a aturar o boneco animado que é Socrates como primeiro-ministro. Felizmente, terá que perder aquele seu jeito do "quero, mando e posso", do "só nós é que sabemos, porque tivemos maioria absoluta".
Os partidos mais pequenos cresceram. Temos o parlamento dividido entre cinco forças políticas, não sendo nenhuma delas marginal, residual, e permitindo desenvolver acordos pontuais à esquerda e à direita, temperando a governação.
O que é que disto poderá resultar?
Num mundo perfeito, uma governação equilibrada, discutida, vocacionada para resolver os problemas do país com base em consensos. Consensos, ou seja, cedências de parte a parte para alcançar uma plataforma comum de trabalho.
Em Portugal, acredito piamente que irá proporcionar um clima de guerrilha política, de partidos pequenos, minoritários a querer impôr sem cedências as suas visões, minoritárias, e com o PS a querer governar sem mudar em nada as suas ideias e projectos, queixando-se da ingovernabilidade. Daqui a 6 meses começarão os desentendimentos entre as comadres. Aposto que este Governo não durará a legislatura.

27.9.09

Cruzes, Credo!

Teno a sensação de que, onde quer que ponha a cruzinha, vou acabar lixado.
Agora que o Benfica voltou a jogar futebol a sério, já era tempo dos partidos políticos passarem a fazer política e, quando para isso eleitos, a governar como deve de ser.
Ideologias e opções estratégicas à parte, contentava-me que fossem sérios, coerentes e merecedores de respeito.
Cada vez mais tenho dificuldade de recordar políticos assim.
E só há pouquinho decidi a quem vou dar a minha cruz.

20.9.09

VENDO Canon EOS 40D - EFs 17-85 1:4-5.6 IS USM

Pois é, está para venda.
Recebi-a faz dois anos e estou agora a vendê-la.
Naturalmente, não tem problema algum. Fez 6700 disparos (e seguramente irá fazendo mais alguns enquanto não for vendida). Se conseguir vendê-la darei o salto para a nova 7D, à venda a partir de Outubro.
O preço? € 850,00.
Quem estiver interessado pode deixar o contacto num comentário. Prometo apagá-lo logo que o ler para não ficar por aqui exposto. Se conhecerem alguém que possa estar interessado passem a mensagem.
Se alguém estiver interessado apenas no corpo e não na objectiva, diga-o.

16.9.09

Desânimo

Com a idade há quem perca a paciência, a capacidade de improvisar, de reagir perante adversidades, mesmo que pequenas. Coisas que há vinte anos eram encaradas como apenas mais uma pedra no caminho que rapidamente se menorizava, afastava ou contornava, são agora autênticos dramas que se sobrepõem a todo o demais.
Nem a perspectiva de um resultado que é sistematicamente reclamado há anos chega para motivar a resistência à frustração.
Rapidamente o desânimo se contamina e retira o prazer àquilo que julgavamos ser uma genuína boa acção.
E então perguntamos: "porque é que me meti nisto?".

13.9.09

Abriu a guerra

Oficialmente a campanha eleitoral começou. Depois de todos os debates televisivos. Este ano pareceu-me que tais debates foram úteis, bem estruturados, capazes de evidenciar ideias e protagonistas. Mais de um milhão de portugueses viram cada um desses debates, a acreditar no que li no jornal.
Eu, por acaso, e apesar do que agora escrevo, não vi nenhum. Só os comentários posteriores e alguns apontamentos em serviços noticiosos.
Ainda não sei em quem vou votar. Mas já sei em quem não voto.

Lentidão


Um homem habituado a andar de bicicleta, a ser independente, tem um acidente e toda a sua vida muda. Já não é novo, está só e quem lhe acode, por dever de profissão ou pura intromissão fá-lo repensar a vida, olhar para o passado e recriar o futuro.
"O Homem Lento" lê-se depressa e faz-nos pensar. Pensar que nada deve ser dado como garantido. E que devemos esforçar-nos para dar sentido à vida.
Este livro é uma pequena guloseima.