O silêncio transpirava insegurança, à medida que as horas corriam sem qualquer novidade e os três contemplavam as paredes esverdeadas da sala de espera. Chegaram quase em simultâneo apesar de virem de diferentes direcções. A mesma mensagem os trouxera, ansiosos, temerosos, angustiados. "O Rosa teve um acidente e está na urgência do hospital!"
É curioso como certas pessoas ficam conhecidas pelo apelido. O Rosa. Poucos saberão que o seu primeiro nome é Rodrigo, tão pouco usado é tal nome. Tirando a mãe e a irmã, ou o todos o conhecem pelo apelido ou pela longínqua alcunha de "Rato". O Rato Rosa. Ao que consta, desta feita terá roído a corda, acelerando demais, travando de menos e enfiando-se por um muro adentro desfazendo o pequeno carro que o levava para todo o lado.
Era um tipo curioso, o Rosa. Em miúdo, magrinho, com dentes grandes e orelhas largas, ganhou a alcunha à saída da primária. E manteve-a ao longo de toda a vida assim como manteve muitos dos amigos de então. Caso raro, o Rosa. Uma vez amigo, conseguia manter-se por perto, disponível, sempre disposto a dar.
Na Faculdade, numa das muitas noites de copos, começaram a gozar com o seu apelido, trocando-o pelo nome próprio feminino que representa. O certo é que rapidamente o apelido ganhou asas e, sem segundas intenções, passou a reinar. Era o Rosa, como outros eram o Costa, o Sousa, o Botelho.
O Rosa.
Sempre calmo, seguro e sem problemas. O Rosa. Nas alturas de incerteza, insegurança, chegava lá e era o rochedo que punha tudo em ordem, tranquilizava as hostes e traçava o caminho. Nem valia a pena questionar. Era evidente que aquilo que o Rosa propunha estava correcto. Logo todos se perguntavam como não tinham visto tal solução, de tão evidente que era. O Rosa é que sabia.
O Rosa não tinha problemas, não sofria, não hesitava. Ou se tal acontecia, ninguém dava por nada. O Rosa era mesmo um rochedo.
E agora estavam ali, os três, perdidos, ansiosos, temerosos, sem notícias do Rosa. Do Rato. Do seu rochedo. Ninguém poderia vir ali acalmá-los, pois a única pessoa capaz de o fazer jazia nos cuidados intensivos às mãos de médicos e enfermeiros que se desejavam competentes.
É curioso como certas pessoas ficam conhecidas pelo apelido. O Rosa. Poucos saberão que o seu primeiro nome é Rodrigo, tão pouco usado é tal nome. Tirando a mãe e a irmã, ou o todos o conhecem pelo apelido ou pela longínqua alcunha de "Rato". O Rato Rosa. Ao que consta, desta feita terá roído a corda, acelerando demais, travando de menos e enfiando-se por um muro adentro desfazendo o pequeno carro que o levava para todo o lado.
Era um tipo curioso, o Rosa. Em miúdo, magrinho, com dentes grandes e orelhas largas, ganhou a alcunha à saída da primária. E manteve-a ao longo de toda a vida assim como manteve muitos dos amigos de então. Caso raro, o Rosa. Uma vez amigo, conseguia manter-se por perto, disponível, sempre disposto a dar.
Na Faculdade, numa das muitas noites de copos, começaram a gozar com o seu apelido, trocando-o pelo nome próprio feminino que representa. O certo é que rapidamente o apelido ganhou asas e, sem segundas intenções, passou a reinar. Era o Rosa, como outros eram o Costa, o Sousa, o Botelho.
O Rosa.
Sempre calmo, seguro e sem problemas. O Rosa. Nas alturas de incerteza, insegurança, chegava lá e era o rochedo que punha tudo em ordem, tranquilizava as hostes e traçava o caminho. Nem valia a pena questionar. Era evidente que aquilo que o Rosa propunha estava correcto. Logo todos se perguntavam como não tinham visto tal solução, de tão evidente que era. O Rosa é que sabia.
O Rosa não tinha problemas, não sofria, não hesitava. Ou se tal acontecia, ninguém dava por nada. O Rosa era mesmo um rochedo.
E agora estavam ali, os três, perdidos, ansiosos, temerosos, sem notícias do Rosa. Do Rato. Do seu rochedo. Ninguém poderia vir ali acalmá-los, pois a única pessoa capaz de o fazer jazia nos cuidados intensivos às mãos de médicos e enfermeiros que se desejavam competentes.
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