O teatro é intimista. Para quem está na fila B, como eu estava, a sensação é a de partilharmos o palco com os dois actores que o enchem. A Companhia de Teatro do Chiado, na Sala Estúdio Mário Viegas, presenteia-nos com um texto muito agradável que, apesar de alguns altos e baixos, nos deixa interessados e expectantes até ao fim, enquanto nos tornamos íntimos de dois seres cuja vida é tudo menos fácil.
Sem evitar a tragédia, ou a dor, a peça é uma comédia. Surpreende-nos com piadas no texto, na interpretação, nos adereços e não pode deixar do nos fazer sentir bem dispostos.
Gostei, particularmente, da interpretação de Simão Rubim.
Recomendo.
Mas, diga-se em abono da verdade, que não tive muita vontade de ver o espectáculo. Não fora a circunstância de ir comprar bilhetes para as Obras Completas... que supostamente estariam em última exibição ao fim de quase 9 anos (e ainda não vi)e me proporem um bilhete combinado. Sim, um bilhete combinado no Teatro. Por mais € 5,00 comprava o bilhete para este "O Mocho e a Gatinha".
Não resisto a pechinchas, e ainda bem.
Um destes dias vou escrever sobre a preguiça e porque não vou muito a espectáculos. Depois queixo-me.
P.S. - É favor não chegarem atrasados. Podem ter uma surpresa embaraçosa. E, se vos oferecerem um programa, aceitem apenas se estiverem dispostos a pagar € 5,00. Depois, não digam que não avisei.
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