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Não convém ir a dormir para a sala. Desde o início é exigida ao espectador agilidade mental e atenção para perceber o que se vai passando. Charlie Kaufman surpreende com mais um argumento enredado nas teias da mente humana, e das relações pessoais. Depois de "Queres Ser John Malkovich?" e de "Inadaptado" este filme é uma agradável forma de passar duas horas numa sala escura.
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Jim Carey mostra como está para além do actor de borracha e do humor alarve. Aquilo que já indiciara em "Man on the moon" (não me lembro do título que lhe foi dado em português) aqui confirma-se: se esquecerem a sua vertente cómica, encontrarão um actor com elevado potencial. Gostei.
Vão ver. Vale a pena.
Já agora: sabiam que o cinema Mundial fechou? Três salas às quais gostava de ir, onde me sentia bem, mostram-se encerradas, com ar definitivo. Aquilo não mais vai abrir.
Perde-se mais uma sala. E começam a sobrar os "multiplex" que me arrepiam. Por exemplo, para ver "O despertar da mente" tive que ir ao Saldanha Residence. Não obstante ter o desconto da Medeia, chateia-me o chão a tremer sempre que passa o metro, e a dimensão, reduzida, da sala.
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