Sem temer o risco que por vezes parece assustar as distribuidoras portuguesas, este filme recebeu uma tradução do título quase literal, espelhando o que nele se passa.
Quando um arquitecto (e seu sócio) monta o seu atelier em Kings Cross, no coração degradado de Londres, vê as instalações assaltadas e levada a sua colecção de Mac's acabadinhos de comprar (quanto terá a Apple pago pela publicidade?).
Enquanto luta para fazer vingar o seu projecto, luta igualmente em casa com uma mulher que está cada vez mais distante consumida pelos problemas psiquiátricos da sua filha. Ao descobrir um dos assaltantes, depara-se com um miúdo problemático, cuja mãe o encanta deixando-se arrastar para um triângulo do coração. Também este é, assim, assaltado e nele se intromete uma pessoa a mais.
Jude Law navega por todo o processo numa excelente intrepretação, acompanhada ao mesmo nível por Robin Wright-Penn e Julliete Binoche transformando o filme numa boa montra de representação. A história é coerente, com momentos de tensão, paixão e humor, mas não é extraordinária nem surpreendente. A realização de Anthony Minghella é sóbria e eficiente.
Por tudo isto achei o filme de nível médio alto, ou seja, uma daquelas notas 3 que, se tivesse por trás uma história mais brilhante, facilmente atingiria valores mais altos na escala.
Sendo certo que será um filme perfeito para um serão de televisão, merece a oportunidade de ser visto no cinema.
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