10.1.07

Ora levem lá com mais dois filmes

Mais um filme da salsicharia americana misturando ingredientes habituais. Escolhe-se uma vedeta do cómico cinematográfico para cabeça de cartaz (Ben Stiller), junta-se-lhe mais uns nomes conhecidos para fazer de secundários, como Dick Van Dyke, Robin Williams e Ricky Gervais, e reunem-se 6(!) argumentistas para fazer o texto. Com efeitos especiais por computador sempre agradáveis e cada vez mais corriqueiros, mistura-se tudo e sai este "Noite no Museu".
Tem momentos para rir, pouca surpresa, pois há que seguir as linhas mestras do estilo e cumpre a sua função. Ou seja, há-de ocupar algumas tardes de domingo quando passar na televisão. Não vale a pena gastar o dinheiro do bilhete para ver algo tão banal. A menos que se queira rir um pouco, e já se tenha ido ver o OSS 117. Este Noite no Museu vale um dois, e nada mais.

Mel Gibson premiou-nos com este "Apocalypto" (rai'sparta o nome que me faz lembrar o Calipo), que é, sem dúvida, um grande filme.

Sem actores conhecidos, e falado numa língua morta, o filme é simplesmente uma delícia. Pela qualidade da realização, da montagem e da fotografia enche-nos de imagens belas e emocionantes. Pela direcção de actores e coerência do argumento prende-nos na história até ao fim, torcendo pelo sucesso do personagem principal. É, sem dúvida, violento. Mas isso também o é qualquer filme de acção americano, de mafiosos ou bandidos. Não sei qual é a diferença deste sangue, destas feridas desta maldade. Só porque vai contra a imagem idílica que hoje em dia se alimenta da civilização Maia, seguramente.

Este filme encheu-me as medidas. Leva a nota máxima. Mas cuidado... não se recomenda a crianças ou pessoas impressionáveis.

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